Real Digital, tokenização e crescimento do Bitcoin deve impulsionar ‘Bancos’ de criptomoedas no Brasil

Especialista aponta que a custódia institucional de criptoativos no Brasil está em um momento de crescimento

Jean-Michel Guillot, executivo sênior nos setores de Tecnologia e Financeiro da DINAMO Networks, que provê hardwares que processam as transações em Pix, afirmou, em um artigo encaminhado ao Cointelegraph, que a custódia institucional de criptoativos no Brasil está em um momento de crescimento.

Deste modo, os ‘bancos’ de criptomoedas, que são diferente de exchanges e nos quais os ativos estão custodiados com determinado grau de garantia devem crescer no país por conta de diversos fatores, entre eles a tokenização da economia nacional.

Segundo ele, a Consensus 2023, um dos eventos mais significativos na economia digital, que ocorreu em Austin, Texas, EUA, destacou o Brasil não apenas por seu clima quente, mas também pelo ecossistema crescente de criptoativos.

“Este evento ressaltou a evolução notável da economia digital no Brasil”, disse Guillot. “Estamos em um momento onde a custódia institucional de ativos digitais é cada vez mais debatida no mercado financeiro.”

Ele aponta que pesquisas recentes colocam o Brasil entre os cinco países com o maior número de investidores em criptomoedas.

Em fevereiro de 2023, a movimentação do Ethereum, a segunda maior criptomoeda do mercado, ficou na casa dos R$ 228 milhões no Brasil, um crescimento expressivo comparado ao mesmo período de 2022, quando foram movimentados R$ 165,2 milhões na soma de todos os criptoativos. Portanto, para o especialista, a custódia institucional de ativos digitais é essencial neste cenário.

“Quem controla as chaves privadas controla os ativos digitais associados”, explica Guillot. “Delegar essas chaves a uma instituição significa confiar na sua boa gestão e nas práticas de cibersegurança aplicadas.”

Bancos de criptomoedas

Atualmente, entre as grandes empresas que realizam custódia de criptomoedas, em nível institucional, estão grandes empresas como Bitgo e Coinbase, que também atuam como custodiantes de fundos e ETFs com exposição em criptomoedas no mercado nacional.

De acordo com Guillot, as instituições que emitem ativos tokenizados, como é o caso da Liqi, Mercado Bitcoin e das empresas integrantes do Sandbox da CVM, devem utilizar soluções de custódia que sigam requisitos rígidos de segurança, conforme estipulado pela Lei brasileira 14.478/2022.

Ele também destaca que o Brasil está avançando para a adoção de uma moeda digital, o Real Digital, previsto para 2024, que vai utilizar tecnologia de registros distribuídos, o que eleva ainda mais a importância da segurança na custódia.

“Com a adoção da tecnologia DLT, a tokenização de ativos e a introdução de novas moedas digitais, o mercado de custódia institucional tende a crescer exponencialmente”, finaliza Guillot.

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