‘Nota de R$ 200 vai acabar’ e ‘Nova CPMF’ está morta, segundo Paulo Guedes
Ministro da Economia reconhece que circulação de nova cédula deverá chegar ao fim em breve.
O ministro da Economia Paulo Guedes fez declarações confusas sobre a “nova CPMF” que pode afetar transações digitais no Brasil em uma audiência pública nesta quinta-feira (29). Inicialmente, o economista defendeu a tributação, mas momentos depois disse que o “imposto está morto”, de acordo com a Exame.
Além disso, Guedes falou sobre a circulação da nota de R$ 200, que não deve permanecer por muito tempo no mercado. Segundo o ministro da Economia do presidente Jair Bolsonaro, a cédula estampada por um lobo-guará “vai acabar”.
Assim, Guedes declarou que a nota de R$ 200 poderá chegar ao fim pouco tempo depois que o Banco Central decidiu emitir milhares de unidades da nova cédula brasileira.
Enquanto isso, o ministro da Economia desconversou sobre a criação da nova CPMF, alegando que por ser ano eleitoral o imposto não deve ser discutido dentro do pacote de reforma tributária defendido pelo governo federal.
Nova CPMF no Brasil
O ministro da Economia do Brasil defende a criação de um novo imposto que poderá atingir transações digitais. Chamado de “nova CPMF”, a contribuição deve incidir sobre qualquer transação online, cobrando cerca de 0,2% dos usuários.
Ao falar sobre a nova CPMF, Paulo guedes afirmou que o tributo deveria substituir oito impostos que existem atualmente no país. Além disso, o economista sempre fala sobre a desoneração da folha de pagamento como justificativa para manter o novo imposto, que pode até afetar transações envolvendo a compra e venda de criptomoedas.
“Nós não queremos aumentar impostos.Só se for para substituir oito outros impostos e só se for por uma causa muito nobre: desoneração, para criar emprego e renda para os brasileiros.”
O fim da nota de R$ 200
A nota de R$ 200 foi lançada oficialmente pelo Banco Central do Brasil no início de setembro de 2020. Sendo que mais de 450 milhões de unidades da cédula devem ser confeccionadas até o final do ano, e parte delas já estão em circulação no país.
No entanto, o projeto de uma nova cédula com um valor tão grande, não foi tão bem recebido pelo mercado financeiro. Enquanto o governo federal aposta em soluções digitais como o sistema PIX, a criação de uma nova cédula parece ser conflitante para quem defende o uso do dinheiro digital.
E, no que depender de Guedes, a nota de R$ 200 poderá deixar de circular no Brasil em breve. Durante a audiência desta quinta (29) sobre o COVID-19, o ministro da Economia disse que “já já o lobo-guará vai se aposentar”, indicando que a cédula deve chegar ao fim.
Nota de R$ 200 é estampada lobo-guará
Além disso, Guedes anunciou que até mesmo a nota de R$ 100 pode ser retirada de circulação, assim como foi noticiado pelo Cointelegraph anteriormente. Para o economista, o futuro do dinheiro é digital, ao citar o sistema Pix como a revolução do sistema financeiro do Brasil.
“Com o Pix o futuro é menos dinheiro na mão e notas mais simples. No futuro vai acabar o lobo-guará, a nota de 200 reais, a de 100 reais. Já, já o lobo-guará vai se aposentar, terá uma carreira curta.”
Multa de R$ 50 mil
Durante a audiência pública sobre o novo coronavírus, o ministro da Economia Paulo Guedes reconheceu o fracasso diante da nova nota de R$ 200. Ao afirmar que a cédula pode ser retirada de circulação, o Guedes demonstra que a nota foi criada para o pagamento do auxílio emergencial para milhões de brasileiros.
Assim, com problema de circulação de dinheiro no Brasil, a nota de R$ 200 foi a solução mais rápida encontrada pelo Banco Central para resolver a distribuição do benefício para a população.
Porém, a nota de R$ 200 virou alvo de processo movimentado pela Defensoria Pública da União (DPU). Além de Guedes, o órgão quer interromper a produção da cédula e alega falta de acessibilidade, já que ela possui o mesmo tamanho que a nota de R$ 200.
Dessa forma, a DPU pede que a nota de R$ 200 seja retirada de circulação, ou então, o Banco Central pagaria uma multa diária de R$ 50 mil. Além da DPU, o processo foi movimentado pela Organização dos Cegos do Brasil.
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