Propina em criptomoedas na compra de vacinas
Existem indícios de pedido de propina na compra de vacinas. Desvios supostamente incluiriam pagamentos de valores ilícitos em criptomoedas.
Propina em criptomoeda?
O Brasil tem assistido a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia.
Na última terça-feira retirou-se o sigilo sobre as mensagens do telefone celular do policial militar Luiz Paulo Dominguetti.
Dominguetti é suspeito de intermediar um possível contrato fraudulento.
O objetivo seria a compra de vacinas superfaturadas pelo Ministério da Saúde.
Assim, supostamente o grupo do policial viria a receber valores ilícitos na negociação
Dominguetti teria negociado com o então diretor de logística do Ministério da Saúde, o tenente-coronel Marcelo Branco, a compra de vacinas.
Nessa negociação haveria o pagamento de propina usando criptomoedas, como noticiou o portal Metrópole.
US$ 1 milhão de propina
As mensagens possivelmente incriminadoras revelam bastidores da negociação.
O valor em propina seria de US$ 1 milhão, aproximadamente.
A vacina a ser supostamente negociada era a da AstraZeneca.
Todavia, a empresa negou ter qualquer representante comercial no Brasil.
Brasília em foco
Todavia, Dominguetti e Blanco teriam marcado uma reunião em Brasília para avançar sua agenda.
Em 19 de fevereiro, o PM diz que as “coisas evoluíram para outro caminho” no Ministério da Saúde e reclama de dificuldades na negociação com o governo.
Por isso, mensagens dão conta de que o grupo articulava para fazer sua negociata avançar em reunião com Jair Bolsonaro.
As mensagens ainda estão em análise.
Todavia, seu conteúdo já vazou para a imprensa.
Advocacia administrativa e propina
Dominghetti prometeu praticar um preço abaixo do mercado para tentar fechar o negócio.
Todavia, o coronel Blanco pergunta se os dois “poderiam fazer o próprio preço”.
A essa suposiçãoDominghetti responde sugerindo dos dois abrirem uma empresa para avançar seus interesses.
Porém, a ideia poderia redundar no crime de advocacia administrativa caso efetivada.
Este crime ocorre quando um servidor público usa um órgão estatal para interesses particulares.
Segundo as mensagens, com a suposta liberação do governo, Dominghetti diz que os contratos já poderiam ser encaminhados.
A negociação envolveria 400 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca que viriam da Índia.
Em 1 de março, Blanco mostra otimismo com o fechamento do negócio.
Assim, uma semana depois, em 8 de março, Dominghetti pede uma conta para a transação:
“Vamos depositar 1 milhão de dólares agora”, ele escreve.
As conversas ainda citam uma suposta concorrência de outros grupos que poderiam atrapalhar o “negócio”.
Eles citam um “Eduardo” na conversa, mas ainda não está claro qual seria a pessoa em questão.
Criptomoedas para escapar das autoridades
Por fim, Dominghetti pergunta sobre o avanço das negociações e da conta para o pagamento da suposta propina.
A isso o coronel Blanco diz que não acredita que o negócio iria para frente.
O problema apontado seria “por conta de informações que não deixaram os operadores confortáveis”.
O PM, que curiosamente é um policial da ativa, então indica que seriam usadas criptomoedas na transação.
Esse é mais um indício de que os envolvidos poderiam receber o dinheiro da propina em criptoativos para tentar fugir do controle das autoridades.
Todavia, ao que tudo indica o plano deles está frustrado pela ação da CPI.
Para um guia sobre como comprar Bitcoin, clique no link!
O post Propina em criptomoedas na compra de vacinas apareceu primeiro em Criptoeconomia.