Procon notifica PicPay por reclamações em redes sociais em projeto ‘Mães da Favela’

O Procon-SP notificou a fintech de pagamentos PicPay por problemas relatados em redes sociais quanto à arrecadação para o projeto “Mães da Favela”, realizada em maio passado em favor da Cufa (Central Única das Favelas).

Segundo a notificação, realizada no último dia 5 de junho, vários usuários relataram nas redes sociais problemas em transferências e estornos de operações com o aplicativo do PicPay, além de impossibilidade de acesso ao saldo.

A entidade de defesa do consumidor ainda estipulou um prazo de 72 horas para que o PicPay respondesse aos esclarecimentos. Também determinou que a fintech detalhasse as medidas a serem tomadas.

De acordo com o PicPay e a Cufa, a ação levantou um total de R$ 807.016, sendo metade desse valor (R$ 403.508) em doações de usuários e a outra metade doada pela própria fintech.

Canal para benefícios e ações sociais

O PicPay tem sido presença constante em lives beneficentes que visam arrecadar recursos a serem aplicados em associações diversas no esforço de combate ao coronavírus. A fintech até criou uma Central de Doações especialmente para recebimento e repasse dessas verbas.

Há também as parcerias da fintech com o governo de São Paulo e a Prefeitura de Duque de Caxias (RJ) para pagamento do auxílio merenda para estudantes de baixa renda matriculados na rede pública de ensino.

Embora o PicPay não retenha qualquer valor dessas transações, a necessidade do aplicativo para essas operações potencializa expansões da base de clientes. A fintech afirma já ter 20 milhões de usuários, sendo 8 milhões deles ativos.

Junto com o maior destaque do PicPay no noticiário e nas parcerias, aparecem também mais reclamações sobre os serviços prestados pela empresa de pagamentos — seja nas redes sociais, seja em locais como a plataforma Reclame Aqui.

O que dizem PicPay e Mães da Favela

Procurada pela reportagem, o PicPay afirmou via assessoria de imprensa que já prestou ao Procon os esclarecimentos solicitados dentro do prazo estipulado de 72 horas.

O PicPay também disse que, “apesar de encontradas em posts relacionados ao projeto ‘Mães da Favela’, as mensagens dos usuários que chamaram a atenção do Procon não são relativas ao programa, mas sim a casos gerais, que estão sendo tratados”.

Também procurada pela reportagem, o Mães da Favela também afirmou por meio de sua coordenadora, Dinorá Silveira, que a parceria com o PicPay tem sido bem sucedida e transcorre sem grandes problemas. “As dificuldades são apenas as comuns de quem está começando agora a ter conta digital”.


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