Privatização negada. Mercado reage ao “não” à privatização do Banco do Brasil
Banco do Brasil não será privatizado no governo de Jair Bolsonaro. Presidente do BB e Secretário Especial de Desestatização explicam que não será possível privatizar o banco na gestão atual. Mercado reage de maneira morna, puxado pelas Bolsas internacionais.
As ações do Banco do Brasil dispararam, na segunda, 25 de maio, devido ao discurso pró-privatização de Paulo Guedes.
Porém, o mercado recebe agora um banho de água fria.
Isso porque não haverá a privatização do Banco do Brasil durante a gestão Bolsonaro, de acordo com pessoas influentes da área.
Como consequência, as ações do BB reagem de maneira morna, com fatores internacionais impedindo a sua queda de maneira mais efetiva.
BB: Privatização negada
A privatização do Banco do Brasil foi negada por Rubem Novaes, presidente do BB, em entrevista ao Valor Econômico.
Porém, as ações do BB estão mantendo o seu valor, conforme demonstra o gráfico:
Até o presente momento, as ações do BB estão cotadas a R$ 30,60, numa leve queda de 0,60%.
Contudo, o mercado indica que essa queda poderia ser mais forte, não fosse o cenário externo.
Isso porque, no exterior, o mercado financeiro está puxando a alta das Bolsas de Valores ao redor do mundo.
Na Europa, a alta do mercado financeiro gira em torno de 5%, motivada pelo anúncio de um pacote de auxílio econômico no valor de quase 1 trilhão de Euros.
Assim, caso o cenário exterior não fosse favorável, é provável que as ações do BB estivessem apresentando uma queda mais acentuada.
“Não há ambiente político”, segundo Rubem Novaes
Para explicar o “não” à privatização, Rubem Novaes afirma que existe resistência política.
Desse modo, segundo o presidente do BB, as condições de mercado não são favoráveis para que um projeto como esse seja aprovado no Congresso.
Contudo, há espaço para privatização das empresas coligadas.
O governo tinha planos de privatizar a BB DTVM, empresa gestora de recursos do BB. A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, no entanto, afetou os planos de privatização.
Secretário do Governo já havia negado a privatização
Vale ressaltar que a privatização do BB e da Caixa Econômica Federal (CEF) é um assunto recorrente no meio econômico brasileiro.
Por isso, Salim Mattar, o Secretário Especial de Desestatização do governo, já havia negado a possibilidade de privatizar os bancos.
Suas declarações foram ditas antes da publicação do vídeo da reunião ministerial, na qual Paulo Guedes defende a privatização do BB.
Assim, se acredita que a privatização dos bancos públicos, caso aconteça, ainda vai demorar alguns anos para ser colocada em prática.
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