Primo Rico mergulha nos ‘criptonegócios’ com aquisição de fintech licenciada para ativos e sociedade em plataforma de análise

Grupo Primo também comprou duas empresas ligadas à educação financeira e à avaliação de mercado.

O Grupo Primo, do youtuber e investidor brasileiro Thiago Nigro, o Primo Rico, aumentou sua participação nos negócios envolvendo criptomoedas ao adquirir participação societária na plataforma de pesquisa e análise de acionáveis sobre criptomoedas Paradigma Education. O que aconteceu na esteira da compra da fintech Grão, anunciada em março, empresa que, embora seja considerada modesta no que diz respeito aos seus 50 mil clientes, possui tecnologia, gestão de risco e autorização para listagem de ativo próprio, além de um público de 40 milhões de pessoas nas redes sociais através de ecossistema de influenciadores, que inclui o Primo Rico ­- as informações são do Valor e do NeoFeed.

 Além da Paradigma  Education e da Grão, o Grupo Primo,  que registrou um faturamento de R$ 130 milhões em 2021 com uma taxa de crescimento de cerca de 10% ao mês, avançou para outros setores das finanças. O que aconteceu por meio da compra da empresa de educação financeira profissional TopInvest e da Edufinance, que  presta consultoria de avaliação de mercado de empresas (valuations). 

Em relação à fintech, Primo Rico, que também conta com 200 mil clientes em educação, sugeriu que a conta digital passará a ser um serviço adicional em relação ao engajamento com os investidores, na faixa de 25 a 44 anos, que já possuem um patrimônio acumulado.

A Grão terá uma função na reformulação da nossa plataforma como um todo, mas pouco do que existe na fintech hoje vai continuar como core. Vamos criar produtos de investimentos, deixando o banking como secundário. Não olhamos para a Grão com tese de fintech que vai ter cashburn para adquirir contas digitais e eventualmente investimento, mas efetivamente como uma solução para investidores, justificou Primo Rico. 

Ao NeoFeed, Thiago Nigro disse que a TopInvest pertence a um segmento de formação profissional que ainda não tinha sido abarcado pelo grupo e que a empresa, bem posicionada no mercado, “era exatamente o que estávamos procurando.” O que segundo ele foi feito a partir de um levantamento com base em dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), que revelou que as certificações para consultoria no Brasil, necessárias para atuação no mercado, foram em sua maioria emitidas para alunos formados na TopInvest, em percentuais que variaram entre 52% e 60%, de acordo com o nível da certificação. 

Mas os voos de Primo Rico pelos criptonegócios vêm de longa data. Em março do ano passado, por exemplo, Thiago Nigro revelou, durante uma transmissão em seu canal no YouTube, que era sócio e uma exchange de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

 

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