Primeiro NFT em leilão na Christie’s já tem 124 ofertas e lance de R$ 17 milhões
Primeira arte digital em blockchain a ser leiloada pela tradicional casa de leilões britânica Christie’s, a obra “Everydays: The First 5000 Days”, de autoria de Mike Winkelmann, mais conhecido pelo pseudônimo Beeple, já tem recebeu 124 ofertas, sendo a maior delas, até o momento, de incríveis 3 milhões de dólares (cerca de 16,73 milhões de reais).
O leilão, iniciado no último dia 25, ainda terá mais 10 dias de duração, o que significa que o preço final da obra poderá ser muito maior. O leilão é realizado pela Christie’s em parceria com o site MakersPlace, especializado em “NFT Art”, e o vencedor deverá fazer o pagamento em ether, o criptoativo da rede Ethereum, exclusivamente através de uma carteira da Coinbase, ou da Fidelity, ou da Gemini, ou da Paxos.
A obra de Beeple reúne os 5.000 primeiros desenhos feitos por ele desde maio de 2007, quando decidiu criar o projeto que inclui a criação de uma arte digital por dia. O artista é um dos mais renomados no mundo da arte digital, e já teve uma coleção vendida a quase 4 milhões de dólares recentemente.
As artes digitais em blockchain, chamadas de “NFT Art”, são obras digitais que utilizam tokens-não fungíveis em blockchain (NFT). Esse tipo de token, diferentemente dos criptoativos “comuns” como bitcoin ou ether, são únicos, indivisíveis e não-intercambiáveis, e suas informações são registradas em um contrato inteligente em blockchain.
Os NFTs podem ser usado para uma infinidade de aplicações, muitas delas ainda não exploradas. Além das obras de arte, outro setor que utiliza essa tecnologia e está em franca expansão é o mercado de colecionáveis, como cards esportivos, que já tem plataformas próprias de gigantes como a NBA, a Fórmula 1, a MotoGP e alguns dos maiores clubes de futebol do mundo — estes reunidos na Sorare, que recentemente recebeu investimento milionários de fundos que já investiram em marcas como Uber e Twitter.
Além disso, os NFTs também podem ser usados como forma de tokenizar ativos reais, sendo úteis para negociação de imóveis, ingressos para eventos, bens de consumo, serviços, entre várias outras coisas — um protocolo em blockchain recém-lançado, por exemplo, pretende usar a tecnologia para reinventar o e-commerce.