Primeiro edifício cripto do mundo poderá remunerar moradores
O primeiro edifício cripto do mundo será construído em um bairro prestigiado de Buenos Aires e terá uma fazenda de mineração de Bitcoin no subsolo e painéis de arte NFT no saguão de acesso.
O residencial de luxo chamado Next Pampa 2.0 foi projetado pela Newlink Capital, que o considera a “nova geração” de edifícios. A empreendedora acrescenta que será “um edifício residencial inteligente que respeita o plano diretor da cidade e mudará para sempre o conceito de vida sustentável”.
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O edifício de 24 andares será construído próximo ao Rio da Prata e também terá painéis solares para mitigar os custos com energia e jardins naturais. A ideia do projeto é desenvolver um novo conceito de edifícios inteligentes.
Edifício Inteligente e sustentável
O projeto apresentado pela Newlink está calcado em quatro pilares fundamentais: arte, sustentabilidade, tecnologia e design. Ao desenvolver o primeiro edifício cripto a empresa eleva o conceito de edifício inteligente a um novo patamar, pois será o primeiro edifício capaz de gerar rendimentos.
O principal objetivo de integrar uma fazenda de mineração de Bitcoin no projeto é tornar o prédio autossustentável a ponto dos moradores não terem despesas adicionais de condomínio. Além disso, o calor gerado pelos equipamentos de mineração será reaproveitado para o aquecimento de áreas comuns do prédio.
Outra inovação que poderá ser rentável para os moradores serão os painéis de arte NFT. As peças de arte exibidas pertencerão aos membros do comitê e aos moradores.
Volatilidade do mercado cripto pode atrapalhar o projeto?
À primeira vista, o projeto além de inovador pode ser considerado ousado devido a enorme flutuação do Bitcoin e do mercado cripto, porém, ao melhor estilo de gerenciamento de risco, os desenvolvedores adicionaram essa variante aos cálculos na etapa de desenvolvimento.
Ao site Interesting Engineering, o fundador da Newlink Capital e principal desenvolvedor do projeto, Damian Lopo, explicou que a empresa está ciente da volatilidade.
“Para lidar com isso, o plano é calcular um preço médio para o Bitcoin nos últimos 12 meses e usar esse preço médio para dimensionar a fazenda de mineração de uma maneira que teoricamente permitirá que a operação de mineração cubra 100% do custo das despesas do edifício.”
Como ao longo do tempo é mais provável que o Bitcoin continue sua trajetória ascendente, no melhor cenário projetado por Lopo, à medida que o criptoativo se valoriza um excedente será acumulado e poderá ser distribuído aos moradores; o edifício cripto pode acabar “pagando aos moradores” por morarem nele.
No pior cenário, ainda segundo Lopo, o preço do Bitcoin poderia cair tanto a ponto da fazenda de mineração não ser capaz de cobrir os próprios custos de manutenção do prédio; ou a mineração de criptomoedas ser proibida na Argentina.
Mesmo não havendo nenhum indicativo de que a mineração no país possa ser proibida, Lopo não descartou a possibilidade e reservou uma carta na manga para o caso da sustentabilidade ser ameaçada: energia limpa.
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