Prisão preventiva do CEO da Atlas Quantum é solicitada por investidores de Bitcoin
Empresário é acusado de estelionato e lavagem de dinheiro por criação de plataforma de arbitragem em Bitcoin
A prisão preventiva de Rodrigo Marques dos Santos, CEO da Atlas Quantum, foi solicitada em uma representação judicial movimentada por 34 investidores da empresa de arbitragem em Bitcoin.
Além de clientes da plataforma, o CEO da exchange Stratum Rocelo Lopes participa também da representação em desfavor à Atlas Quantum, que enfrenta problemas com saques desde agosto de 2019, conforme noticiou o Criptofácil.
Assim, além de mencionar Rodrigo Marques dos Santos, a notícia crime protocolada pelo advogado Jorge Calazans também menciona outro empresário do mercado de criptomoedas, o ex-dono da AnubisTrade, Matheus dos Santos Grijó.
Prisão preventiva
Cerca de 35 investidores entraram com uma representação na Justiça contra a Atlas Quantum. De acordo com a notícia crime protocolada recentemente, o CEO da plataforma pode ser preso preventivamente.
Segundo o pedido apresentado na representação judicial, a interferência no andamento do processo de Rodrigo Marques dos Santos seria o motivo pelo qual a prisão preventiva deveria ser deferida pela Justiça.
Além disso, a representação apresentada por clientes da plataforma de arbitragem em Bitcoin diz que Rodrigo Marques dos Santos pode “se furtar da aplicação da lei”.
“É notória e cristalina a necessidade da decretação da prisão preventiva, fundada na conveniência da instrução criminal, visto que podem os Noticiados perturbar o regular andamento do processo, bem como para assegurar a aplicação da lei penal, pois há indícios de que, se soltos, os Noticiados furtar-se-ão à aplicação da lei.”
Crimes
A notícia crime apresentada contra a Atlas Quantum menciona alguns crimes que Rodrigo Marques dos Santos pode ter cometido logo após suspender os saques da plataforma.
Segundo a representação judicial, o CEO da Atlas Quantum pode ser penalizado por estelionato, que prevê a pena de um a cinco anos de reclusão para o condenado.
Em um apontamento de “crime acessório”, o documento fala sobre lavagem de dinheiro, além de estelionato. Nesse caso, a pena pode variar entre três a dez anos de prisão.
Por outro lado, o pedido de prisão preventiva também está relacionado a Matheus Grijó dos Santos. O empresário é associado a Atlas Quantum após a venda da AnubisTrade para Rodrigo Marques dos Santos.
Sendo assim, Grijó pode também responder pelos mesmos crimes que o CEO e criador da Atlas Quantum está sendo acusado na representação judicial movimentada por ex-clientes.
Saques em atraso de Bitcoin
Com saques em atraso desde agosto de 2019, a Atlas Quantum enfrenta problemas para devolver o dinheiro de clientes que foi supostamente investido em Bitcoin.
Com a promessa de lucro a partir de operações conhecidas como arbitragem de Bitcoin, a plataforma oferecia retornos aos clientes de aproximadamente 5% ao mês e até 60% ao ano.
Em busca de solucionar o problema com saques em atraso, a Atlas Quantum criou o BTCQ, e transformou o saldo dos clientes em uma criptomoeda que deveria ter o preço pareado com o ‘verdadeiro Bitcoin’, o BTC.
No entanto, o preço do BTCQ possui um deságio de mais de 99% em relação ao Bitcoin (BTC), diminuindo assim drasticamente o valor do saldo dos clientes na Atlas Quantum.
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