Prédios da ex-maior varejista dos EUA viram relíquias em cidades americanas
Em seus dias de glória, a Sears dominou os Estados Unidos a partir da sua sede em Chicago, que já foi a torre mais alta do país. Agora, o logo uma vez vibrante e azul da empresa, fundada em em 1893 e aclamada nos anos 1980 como a maior varejista do país, está desbotando em prédios abandonados e vazios em centros comerciais por todo o território norte-americano, servindo como um relíquia para os motoristas que passam.
Além disso, a Sears está lutando para manter menos de uma dúzia das lojas que restam.
Ela está trabalhando com a empresa de consultoria Huron para ajudar a conseguir concessões de aluguel dos proprietários de seus locais restantes, de acordo com pessoas com conhecimento do assunto, que pediram para não ser identificadas discutindo as conversas privadas.
Um representante da Huron declinou de comentar. A Sears e sua controladora ESL Investments não responderam a pedidos de comentários da Bloomberg.
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Mais de 130 anos de história
A cadeia de lojas de departamento, fundada como Sears, Roebuck and Co. no século 19, se tornou uma sombra de si mesma.
Ao longo do século 20, a varejista conquistou clientes com catálogos de encomenda pelo correio, aproveitando-se do sistema ferroviário e postal dos EUA. Na virada para o século 21, ela preparou o cenário para as compras online.
Em 2005, a Sears foi adquirida pela varejista de descontos Kmart, sob a liderança do bilionário gestor de fundos de hedge Edward Lampert.
Nos dez anos seguintes, o negócio foi dividido em 30 áreas diferentes, lojas foram fechadas e milhares de funcionários foram demitidos. Após anos de subinvestimento e vendas em queda, a Sears desmoronou em falência em 2018, com 687 lojas, despencando 80% em relação ao total de lojas na época do acordo com a Kmart.
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Mudanças pós-pandemia
A Sears saiu da falência sob a propriedade da ESL Investments, de Lampert, em 2022. Na época, ela mantinha 22 lojas nos EUA e Porto Rico, mas número caiu para 11 endereços, de acordo com seu site.
Ela tem quatro lojas abertas na Califórnia, duas em Washington, duas na Flórida e uma em Massachusetts, Texas e Porto Rico. E nenhuma loja a menos de 160 quilômetros de Nova York — a última na área fechou em 2021 — ou Chicago, sua cidade natal.
Grandes varejistas de lojas de departamento têm lutado para manter presenças físicas nos últimos quatro anos, após a pandemia levar a um aumento nas compras online. Cerca de 15% de todas as vendas no varejo no segundo trimestre foram feitas pela internet, contra cerca de 10% em 2019, de acordo com um relatório do Departamento do Censo dos EUA.
No ano passado, a Bed Bath & Beyond pediu falência, fechando todas as suas lojas e liquidando seus ativos no processo. A empresa de produtos para casa atribuiu a falência a uma queda contínua na demanda, com as vendas do quarto trimestre de 2022 caindo US$ 1 bilhão em relação ao ano anterior.