Ministério Público de Portugal lança denúncia contra uso do Tinder e Whatsapp para promover fraudes de Bitcoin

Ministério Público de Portugal lançou alerta contra criminosos que estão usando Tinder e WhatsApp para contactar e convencer vítimas a investirem em uma fraude de Bitcoin.

A Procuradoria Geral da República de Portugal emitiu uma denúncia contra o uso de redes de relacionamento como o Tinder e messengers como o WhatsApp para promover fraudes de Bitcoin no país.

O gabinete de cibercrime da PGR diz que as plataformas online estariam sendo usadas para a promoção de fraudes e até negociação no mercado de criptomoedas e de câmbio, gerando “uma atividade criminosa organizada, de grande dimensão” e que estaria movimentando milhares de euros.

O Ministério Público português ainda diz que já existem diversas páginas fraudulentas na internet que oferecem investimentos em criptomoedas e em divisas estrangeiras prometendo grande rentabilidade, como é típico das pirâmides financeiras. Eles também oferecem um software de negociação “revolucionário”, como já vimos no Brasil com pirâmides como a Atlas Quantum, o GBB e a Unick Forex.

As autoridades ainda destacam métodos agressivos de abordagem às vítimas, inclusive contato telefônico para tentar convencê-las a cair nas fraudes.

“Os supostos ‘traders’ usam métodos insidiosos de persuasão, com o intuito de convencer as vítimas a transferir quantias monetárias para supostos investimentos em criptomoedas e no mercado cambial em que, após um primeiro investimento, é simulado um ganho, cujo objetivo é convencer as vítimas a efetuar investimentos mais avultados, que chegam às dezenas de milhares de euros.”

O alerta ainda diz que os criminosos “desaparecem” logo que o dinheiro é transferido, deixando às vítimas somente a alternativa de denunciar a prática às autoridades.

As fraudes também usam vídeos com figuras famosas, como o fundador da Microsoft Bill Gates, oferecendo um primeiro contato para as vítimas, que são posteriormente contactadas pessoalmente pelos criminosos.

Muitas vezes, os piramideiros acessam o Tinder das vítimas para colher mais informações e até conseguir dados pessoais como o número de telefone. As abordagens, completa a PGR, são sempre insistentes e, em caso de negativa da potencial vítima, as ligações repetem-se “à exaustão” até que a pessoa finalmente aceite investir no negócio. O Ministério Público de Portugal também acredita que a quadrilha tenha atuação internacional.

LEIA MAIS

Você pode gostar...