Por que jovens preferem riscos em investimentos online?
O comportamento de investimento das gerações mais jovens, revela uma inclinação para modalidades de risco elevado como apostas online, incluindo o jogo do tigrinho.
Esta preferência, amplamente documentada em estudos recentes, sugere uma busca por gratificação imediata e altos retornos, desafiando as práticas tradicionais de investimento.
Imediatismo e autocontrole: Um panorama brasileiro
Um estudo divulgado na 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, revela dados sobre o autocontrole financeiro da população brasileira. Segundo a pesquisa, 59% dos brasileiros preferem esperar um mês para receber um valor acrescido de 15%, indicando um nível considerável de autocontrole financeiro.
Entretanto, esse autocontrole é menos prevalente entre os jovens, que frequentemente se mostram mais suscetíveis a decisões de investimento impulsivas e de alto risco.
O papel das condições econômicas e sociais
As condições econômicas e sociais atuais também parecem desempenhar um papel crucial nessa tendência. Com a instabilidade do mercado de trabalho e a crescente dificuldade em alcançar segurança financeira por vias tradicionais, muitos veem nas apostas online, como o jogo do tigrinho, uma alternativa para alcançar ganhos financeiros.
Além disso, a constante exposição às novas tecnologias e à cultura do imediatismo, exacerbada pelas mídias sociais, reforça essa inclinação para o risco.
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Esta tendência de comportamento entre as gerações mais jovens, evidenciada pela pesquisa e pela realidade socioeconômica, encontra ressonância nas teorias de Zygmunt Bauman sobre a modernidade líquida.
Segundo Bauman, vivemos em um tempo de transformações rápidas e constantes, onde a estabilidade é efêmera e os valores são cada vez mais voláteis. Essa fluidez se reflete nas decisões financeiras. Uma vez que optam por investimentos de alto risco e retorno rápido, como o jogo do tigrinho, buscando gratificação imediata.
Assim, compreender esses comportamentos à luz da modernidade líquida pode ajudar a moldar políticas e estratégias de educação financeira que dialoguem efetivamente com as perspectivas e realidades dessas novas gerações, promovendo um futuro financeiro mais próspero e estável.
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