Por que grande golpes de criptomoedas tem origem em nações africanas
Em 2018 a previsão era de que o continente Africado poderia ocupar o lugar de vanguarda na corrida rumo ao auge das criptomoedas. De fato, o interesse por parte dos Africanos em relação às moedas digitais tem só crescido a cada ano. Não é nenhuma surpresa que alguns desses países estejam entre as principais economias Bitcoin da África. O acesso dos Africanos às moedas digitais tem se dado a diversos motivos, porém, um dos principais é a acessibilidade promovida pelos dispositivos móveis, aparelhos estes, cada vez mais frequentes no dia-a-dia do povo. Estima-se que no ano passado o continente contava com cerca de 725 milhões de assinantes de telefonia móvel na África, conforme informou a GSM Association, entidade que representa os interesses das operadoras móveis em todo o globo.Esse fato nos indicar que uma quantidade cada vez maior de pessoas terão acesso a transações com criptomoedas no território Africano.
O interesse pelas moedas digitais no Continente Africano
Como consequência do fácil acesso a este novo ativo financeiro, cresce também, a quantidade de golpes e fraudes. E a melhor arma contra atividades ilícitas certamente é a regulamentação. Por exemplo, o mercado Forex Moçambique tem sido apontado como uma iniciativa que tem dado certo. Moçambique já possui uma regulamentação dedicada inteiramente ao mercado de trocas de moedas estrangeiras, o que tem resultado em maior segurança para aqueles que têm interesse em operar neste setor. A tendência é que, quanto mais firmes e rígidas forem as leis que regulam o setor tanto de criptomoedas, quanto de moedas estrangeiras, um nível maior de segurança será promovido, e consequentemente, mais investidores se interessam em investir ou fazer negócios utilizando moedas digitais, a partir de países Africanos. Porém, enquanto países como a África do Sul insistem em não regulamentar devidamente essa indústria, estima-se um um número cada vez maior de empresas migrem para outros países, como o Reino Unido e a Alemanha, visto que estes têm apresentado um trabalho interessante no que diz respeito ao controle das transações realizadas com criptomoedas.
A inflação e o uso de criptomoedas em países Africanos
Estimativas recentes têm apontado que países com altos níveis de inflação ou até mesmo hiperinflação têm visto o seu número de usuários de criptomoedas aumentar a cada ano. Um exemplo prático que ilustra bem esta realidade é o Zimbábue. No período em a inflação do Zimbábue esteve em seu auge em 2015,as autoridades governamentais decidiram imprimir notas de US $100 trilhões (cada uma valendo somente US $40), foi quando os muitos cidadãos Zimbabuanos decidiram recorrer ao Bitcoin para fugir da inflação. Para termos uma ideia, os índices de inflação do Sudão do Sul foram de 102% entre setembro de 2016 e setembro de 2017, conforme o que informou o Banco Mundial. Outras nações com taxas de inflação de dois dígitos incluem Egito, Gana, Malawi, Moçambique, Nigéria, Zâmbia e Zimbábue. Não é nenhuma surpresa que alguns desses países estão entre as principais economias Bitcoin da África. As principais nações que têm altos números de usuários de Bitcoin são respectivamente Botswana, Gana, Quênia, Nigéria, África do Sul e Zimbábue.
O fato é que muitos dos golpes descobertos que apresentaram valores altos de prejuízos para investidores tiveram origem na África. Além disso, a população de lá está mais disposta a investir em criptomoedas, o que os torna um alvo melhor. Um dos golpes mais recentes que chocou o mundo das criptomoedas foi o que envolveu Johann Steynberg, CEO da Mirror Trading International (MTI), acusado de criar um suposto esquema de pirâmide, que prometia retornos de até dez por cento por mês. O suposto golpe pode ter movimentado de forma ilegal cerca de 16.444 bitcoins de milhares de investidores.
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