Polícia holandesa tenta parar esquema de extorsão de Bitcoin com cartas-bomba
Nos últimos dois dias, as forças policiais de Amsterdã estão trabalhando para parar um esquema criminoso de extorsão envolvendo Bitcoin. Quatro cartas-bomba foram enviadas para bancos e empresas importantes dentro do mercado de criptomoedas, como parte de um elaborado esquema que exige criptomoedas. As autoridades estão buscando suspeitos que possam ter realizado os atentados.
Foram duas cartas-bomba enviadas na última quarta-feira (12) e duas na última quinta-feira (13). Os alvos eram o ING Bank Office de Amsterdã e o escritório da empresa de tecnologia da informação Unisys, na localidade de Utrecht. A primeira causou uma pequena explosão, e a segunda foi desarmada pelas autoridades. A sede do ABN Amro Bank e a Ricoh também foram vítimas dos ataques. Ninguém ficou ferido com as explosões.
A teoria da polícia holandesa é de que o responsável por este esquema atua desde janeiro ameaçando empresas e agências econômicas de Amsterdã desde janeiro. Suspeita-se que os criminosos responsáveis pelas cartas-bomba fazem ameaças a diversos locais, exigindo quantias não especificadas de Bitcoin em forma de resgate por algo que parece que estão devendo a ele.
Situação desafia autoridades
As forças policiais afirmam que não há um padrão de similaridade entre os envelopes das cartas-bomba. Porém, a orientação é de que se tenha cuidado com embalagens envoltas em plástico branco com dois selos e um adesivo branco com o endereço impresso nele. No caso de qualquer empresa receber um pacote suspeito desta natureza as autoridades devem ser comunicadas.
Com relação ao esquema de extorsão, a pessoa responsável parece estar exigindo de diferentes empresas uma espécie de pagamento por algo que ainda não foi descoberto. Porém, o que se sabe até agora é que o criminoso está disposto a continuar com os ataques até receber o que demanda. Algo que intriga as autoridades é o fato de que os alvos escolhidos parecem não ter uma relação direta, pelo menos a princípio. Isto dificulta as conclusões da investigação.
Além dos alvos dos últimos dois dias, sabe-se que desde janeiro cartas-bomba também foram enviadas para um corretor de imóveis, uma concessionária de carros, um posto de gasolina e dois hotéis. Nenhuma destas chegou a ser detonada. Graças a uma ação de interceptação da polícia, as cartas desta semana puderam ser contidas antecipadamente.
Seja como for, o clima de tensão e instabilidade deve continuar até a situação ser resolvida. Foi descoberto que os explosivos da última quarta eram compostos de pequenos fogos de artificio, e não causariam a morte de quem os abrisse. Porém, os ânimos continuam bastante exaltados por conta das incertezas envolvendo o objetivo dos responsáveis por estes crimes.
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