Polícia Federal investiga usuários de Tether e esclarece crime cometido com Inteligência Artificial (IA)
Até o segundo semestre de 2023, os brasileiros movimentaram R$ 271 bilhões em Tether (USDT), segundo dados da Receita Federal. A preferência pela stablecoin ultrapassou – na velocidade da luz – a escolha pelo Bitcoin no país. No mesmo período, o BTC movimentou R$ 151 bilhões.
A busca descomunal pela moeda digital chamou a atenção da Polícia Federal. Segundo reportagem do Poder360, agentes federais estariam investigando doleiros que preferem USDT pela baixa volatilidade, dificuldade de rastreio e o não pagamento de taxas.
Os supostos fraudadores estariam burlando impostos em um esquema de fraude para evasão de divisas.
As supostas empresas compram ou vendem produtos para o exterior. Parte do dinheiro é pago normalmente com os impostos declarados, enquanto a outra fatia é paga via Tether (USDT). E, portanto, sem pagamento de impostos nessas transações em blockchain.
Parte dos lucros de comerciante cariocas e paulistas estariam sendo enviados para o exterior via Tether
A reportagem do BeInCrypto procurou a assessoria de imprensa da Polícia Federal, que informou não comentar investigações em andamento.
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Declarar cripto é lei no Brasil
O Brasil já tem leis e ferramentas para fiscalizar criptoativos não declarados no país. Todo brasileiro que movimentam cripto em exchanges nacionais ou internacionais já tem obrigação legal de declarar criptoativos.
PF esclarece crime eleitoral que usou Inteligência Artificial (IA)
Na primeira semana deste mês (09), a PF deflagrou a Operação Nirmata no estado de Amazonas. Os agentes identificaram os autores envolvidos em áudios falsos que ofendiam professores, e eram atribuídos ao prefeito de Manaus, com uso de IA.
O áudio circulou no mês de dezembro de 2023, e segundo a PF os criminosos usaram IA para manipular o áudio.
Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, e os alvos foram um designer, três empresas de publicidade, sócios das empresas e dois compartilhadores da “fake news”.
A PF conseguiu “identificar o sistema utilizado, quem produziu o áudio, o local de produção e uma agência de publicidade responsável pela divulgação e propagação em plataformas digitais.”
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