Polícia do RS investiga empresário por suposto golpe com criptomoedas

Um empresário de Bento Gonçalves, a 122 km de Porto Alegre, é suspeito de participar de um suposto esquema de fraude envolvendo criptomoedas, afirma a Polícia Civil.

A denuncia foi feita por diversos moradores do Rio de Janeiro, que afirmam ter investido R$ 600.000 na empresa, com a promessa de rendimentos de mais de 2%. O chefe da companhia, entretanto, fugira com o dinheiro.

A polícia chegou até o empresário depois de uma denuncia semelhante ser feita em Bento Gonçalves por uma mulher de 62 anos. Ela disse que repassou R$ 4.500 ao homem, que desapareceu em seguida.

Informações extraoficiais obtidas pelo jornal Zero Hora apontam que o suspeito se apresentava como o presidente da empresa, que atuaria no ramo de compra e venda de criptomoedas. As investigações revelaram que o CNJP da suposta companhia era verdadeiro, mas fora registrado no dia 26 de maio e cancelado menos de dois meses depois.

Tal empresa fazia propaganda através de redes sociais usando vídeos com promessa de lucros altos. As movimentações financeiras eram feitas por celular.

O nome das vítimas e a identidade do suspeito ainda não foram reveladas, uma vez que as investigações ainda estão no início. Segundo a delegada da 1ª Delegacia de Polícia de Bento Gonçalves, Maria Isabel Zerman Machado, ainda não se sabe exatamente qual crime foi cometido:

“Estamos investigando se é um estelionato, quando a vítima é ludibriada (por um golpista), ou se é um crime contra o sistema financeiro nacional, com este suspeito se passando por um banco. Buscamos documentos para verificar qual era a proposta (da empresa). Aparentemente, os valores eram exorbitantes e ele promete um juro muito alto em pouco tempo”.

As Polícias Civis do e do RJ trabalham o caso em conjunto e recomendam que todas as pessoas que negociaram com a empresa denunciem a fraude e registrem boletins de ocorrência.

Fraudes

Casos de fraude envolvendo criptomoedas no Brasil são comuns, especialmente no sul. O estado gaúcho teve tantos casos na região de Novo Hamburgo que ficou conhecida como Vale das Pirâmides no passado. Alguns dos golpes mais famosos do país surgiram ali, como Unick, Indeal e D9.

A frequência de casos de grande notoriedade diminuiu desde 2019, mas alguns ainda ganham o noticiário. Em julho, uma operação da Polícia Federal prendeu quatro pessoas no Paraná acusadas de fraude com criptomoedas. Em agosto, a polícia prendeu um síndico acusado de desviar pelo menos R$ 700 mil para comprar criptomoedas.

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