Polícia do PR cumpre mandados contra suspeitos de aplicar golpe de R$ 1,5 bi com bitcoins

Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (5), cerca de 50 policiais civis cumprem 62 mandados judiciais no Paraná e em São Paulo. Eles miram uma organização criminosa suspeita de aplicar golpes com bitcoins.

O prejuízo, segundo a Polícia Civil do Paraná, ultrapassa R$ 1,5 bilhão, entre o dinheiro investido pelas vítimas e a promessa de rendimentos diários de 3% a 4% feita pelos criminosos.

O grupo criminoso é investigado por estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documento particular.

Operação contra suspeitos de aplicar golpes com bitcoins ocorre em dois estados

Os mandados estão sendo cumpridos em Curitiba, Pinhais e Piraquara – municípios da região metropolitana da capital -, bem como em Pontal do Paraná, no litoral do estado, e até em São Paulo (SP).

As ordens judiciais estão divididas em 11 mandados de prisão temporária, 11 de busca e apreensão, 16 de bloqueio de contas bancárias e 24 de sequestro de veículos.

Como funcionava o golpe com bitcoins?

De acordo com a polícia, o golpe com bitcoins era operado por meio do envio de e-mails e mensagens instantâneas por aplicativo. As vítimas viraram alvos dos suspeitos após serem recomendados por terceiros, geralmente pessoas de confiança.

Uma das vítimas afirmou à polícia que um dos suspeitos, responsável por angariar investidores, prometia rendimentos de 3% a 4% ao dia. O golpe se efetivava quando os investidores transferiam o dinheiro para contas bancárias gerenciadas pelos suspeitos.

A investigação identificou 500 pessoas lesadas, mas a estimativa é que o número possa chegar a cinco mil.

Empresa informou que deixou de pagar investidores porque tomou “golpe”

O indício de que a operação era um golpe foi constatado, segundo a polícia, quando as vítimas receberam uma mensagem da empresa, informando que em um prazo de seis meses os investidores não poderiam fazer saque.

A justificativa dada pelo grupo para o atraso do pagamento foi uma suposta fraude de cerca de R$ 20 milhões na Argentina. Porém, ao final do período, os criminosos voltaram a prorrogar o prazo.

Outras empresas investigadas pela Polícia ou com pendências judiciais, como a Wolf Trade Club e até o Grupo Bitcoin Banco, também alegaram ter sofrido golpe.

Às 10h, o delegado Emmanoel David, responsável pelo caso, fará uma coletiva de imprensa em Curitiba para fornecer mais detalhes sobre a operação.

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