Polícia Civil investiga BWA que prometia rendimentos em criptomoedas

Certamente os problemas com associação do Bitcoin com esquema de pirâmide tem dado trabalho para as autoridades brasileiras. O novo caso é que a Polícia Civil em Santos vai apurar um possível esquema com criptomoedas feito pela BWA.

Eram prometidos rendimentos com operações em criptoativos, que teria arrecadado cerca de R$ 400 milhões. Um inquérito será aberto nos próximos dias para apurar as denúncias de fraudes.

Até então, o caso era tratado apenas na esfera cível, com vários processos de clientes solicitando quebra de contrato. Contudo, cerca de 20 clientes registraram um boletim em uma delegacia, fazendo com que o caso vire de polícia. As informações são do jornal A Tribuna.

Polícia Civil em Santos irá abrir inquérito para investigar crimes que usavam a imagem das criptomoedas pela BWA

Registraram BO em uma delegacia da Polícia Civil de Santos cerca de 20 investidores da antiga BWA Tecnologia Digital, que teriam perdido R$ 20 milhões com promessas de rendimentos em criptomoedas. Este fato fez com que a PC-SP anunciasse a abertura de um inquérito, já nos próximos dias.

A apuração vai buscar identificar a associação desta empresa com um esquema de pirâmide financeira. Os supostos crimes são de estelionato e lavagem de dinheiro.

Para a reportagem do Jornal A Tribuna, o Delegado Luiz Ricardo afirmou que a investigação poderá revelar outros crimes. Caso sejam identificados outros crimes, também serão considerados na investigação.

Apenas um dos investidores que já fizeram a denúncia contra a BWA, possui preso R$ 4 milhões. O homem, identificado apenas como um empresário de Praia Grande, teria vendido dois imóveis e dois veículos para colocar na BWA. Atualmente, a pé e morando de aluguel após perder sua fortuna no possível golpe, teria registrado o BO chorando, de acordo com o delegado.

O delegado aponta que as 20 pessoas podem ser apenas 1% da quantidade de clientes afetados pela BWA. Contudo, com medo de constrangimento por terem caído em um golpe, ou até esperança de reaver o dinheiro, muitos ainda não procuraram a Polícia Civil para registrar queixas.

Entenda o caso da BWA, acusada de ser uma pirâmide financeira

Os problemas teriam começado no segundo semestre de 2019, quando a falta de pagamentos começou. Apesar de não constar na razão social da BWA, é apontado que Paulo Roberto Ramos Bilibio seja o líder. Este é esposo de Jéssica da Silva Farias, apontada como sócia-administradora do negócio. A empresa ainda possui mais dois sócios além destes no registro.

Os clientes da BWA estão com receio de não receberem seu dinheiro de volta, uma vez que o casal líder estaria fora do país. O casal apontado como fundador da BWA está nos Estados Unidos, de acordo com o jornal A Tribuna.

Atualmente, existem 149 processos contra a BWA indexados na plataforma Escavador. Deles, 144 são de SP, sendo 5 do estado do RJ, ou seja, um golpe possivelmente aplicado na famosa “Ponte Aérea Rio-São Paulo”. No Reclame Aqui a empresa conta com uma série de reclamações, a maior parte relacionada com os atrasos.

A assessoria de imprensa da BWA negou para a reportagem do jornal A Tribuna que um golpe tenha sido aplicado. “Lamentamos que uma mínima parte de clientes se baseou em rumores e notícias difamatórias, buscando precipitadamente uma solução por meios jurídicos“. A assessoria garantiu que a empresa poderá voltar ainda no primeiro semestre de 2020, sendo o período sem pagamentos “uma pausa nas operações“.

A reportagem do Livecoins entrou em contato com a Polícia Civil de Santos para buscar mais informações sobre o inquérito. Até o fim desta reportagem ainda não haviam respondido ao contato.

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