Plataformas oferecem criptomoedas para usuários correrem, estudarem e até fazerem sexo

Estratégia das empresas gira em torno da formação de diferentes ecossistemas econômicos que incentivam práticas distintas das pessoas.

Na esteira da evolução da tecnologia blockchain, as criptomoedas se popularizaram e, apesar de sofrerem os impactos desfavoráveis da macroeconomia e de fatores internos do setor, como projetos inconsistentes e golpes, elas possibilitam uma gama quase que infinita de possibilidades na medida em que os tokens podem representar diversos tipos de ativos, inclusive patrimônios virtuais, além de servirem de moedas próprias para ecossistemas econômicos em diferentes plataformas. 

Exemplos quase que antagônicos são os tokens do Mecanismo de Solidariedade da FIFA, que vinculam os criptoativos a um percentual dos recebimentos de clubes formadores de jogadores de futebol quando eles são negociados internacionalmente, e os criptoativos que são conquistados pelos jogadores das plataformas de jogos play-to-earn (P2E). O que une os dois segmentos de criptoativos, basicamente, é a tecnologia blockchain, mas também a possibilidade de investimento por meio da negociação dos criptoativos. 

Do outro lado do balcão estão empresas de tecnologia, que também utilizam a blockchain para a criação de aplicativos destinados a atrair públicos variados para o guarda-chuva das criptomoedas unindo “o útil ao agradável.” 

Um caso recente foi o aplicativo STEPN, que viu seu token, o Green Metaverse Token (GMT), disparar 22.000% entre março e abril com a proposta de fornecimento de recompensa por meio da prática de exercícios físicos, o move-to-earn (mover-se para ganhar), monitorados via GPS pelo Aplicativo. Propostas semelhantes também foram desenvolvidas por outros jogos, como o Genopets (GENE), o Dustland Runner (DOSE) e o Digital Fitness (DEFIT).

Enquanto alguns aplicativos prometem recompensas pelo exercício do corpo, outros promovem o exercício da mente pela proposta learn-to-earn (aprender para ganhar), o que oferecido por plataforma de monitoramento CoinMarketCap e as exchanges de criptomoedas Binance e Coinbase, por exemplo. Neste caso, a ideia é fomentar o aprendizado de alguns projetos por meio de vídeos, leitura de textos e aplicação de avaliações por meio de recompensas em criptomoedas, para que os participantes se tornem colaboradores das plataformas e ajudem no crescimento do ecossistema de criptomoedas.

Apostando em duas coisas que atraem a maioria das pessoas, sexo e dinheiro, e com a ajuda da blockchain, a startup SEXN (SST), possivelmente fazendo uma brincadeira com o STEPN, anunciou em maio o conceito sex-to-earn (sexo para ganhar). Embora não esteja claro se o projeto anunciado em maio, segundo uma publicação da revista Vice, será realmente levado adiante, a proposta é de que a medição do esforço feito durante o ato sexual seja feita por meio de um aplicativo conectado à pulseira. No último dia 10, a empresa foi ao Twitter e garantiu que o projeto está de pé ao dizer que:

“Após a melhoria do nosso engenheiro técnico, quem comprar nosso NFT por favor verifique sua carteira, o SEXN NFT foi emitido e você poderá usar o NFT para ganhar com nosso app em breve!!!!”

A diversificação dos projetos, apesar do momento de baixa das criptomoedas, foi a tônica da avaliação dos especialista que participara do painel “Criptoativos: oportunidades durante o inverno cripto e perspectivas para os próximos anos”, na segunda edição do Nord Experience. Para eles, o inverno cripto vai passar e criptomoedas vão inaugurar uma nova ordem mundial, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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