Plano dos EUA para criptomoedas é alerta para todas as corretoras do mundo

O Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) disparou um alerta para as corretoras de criptomoedas em todo o mundo, segundo o Coindesk.

O site dissertou sobre o plano americano para combater uso ilegal de criptomoedas — ‘Cryptocurrency Enforcement Framework’ — e expôs comentários de especialistas.

O documento, publicado na sexta-feira (09) pelo procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, fornece uma visão geral sobre possíveis ameaças que o mercado de criptomoedas pode oferecer e como lidar com elas.

Segundo o DoJ, a Justiça dos EUA deve aplicar suas leis independentemente de onde as corretoras estejam localizadas, estando o cliente cidadão americano dentro ou fora do país.

“Eu acho que se trata definitivamente de um tiro de alerta para as exchanges de criptomoedas localizadas fora dos EUA”, disse Marta Belcher, conselheira da Electronic Frontier Foundation e da Protocol Labs.

“Eles são extremamente explícitos ao dizer que sentem que têm autoridade para processá-los se violarem as leis dos EUA, mesmo quando não estão localizados nos EUA”, acrescentou.

Jake Chervinsky, conselheiro geral da Compound Finance, comentou por meio de uma série de tuítes que tais restrições globais sugerem uma mudança de como o espaço criptográfico era visto anteriormente. 

“O bitcoin ganhou importância geopolítica e o volume de stablecoins lastreadas em fiat explodiu. Como resultado, os governos estão cada vez mais preocupados com as atividades ilícitas e a ameaça à sua soberania monetária”, comentou.

Caso Bitmex ampliou debate nos EUA

No início do mês, a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) dos EUA acusou a BitMEX de lavagem de dinheiro e operação ilegal nos EUA.

Com sede nas ilhas Seychelles, a empresa não possui registro para operar contratos futuros, derivativos e demais produtos que inclusive exigem KYC. Segundo a CFTC, a Bitmex vem fazendo isso desde 2014, descrevendo como um “período relevante”.

Em uma acusação separada na mesma data, Arthur Hayes, Ben Delo e Samuel Reed, donos da exchange, também foram indicados por uma suposta tentativa de violar a Lei de Sigilo Bancário. Eles já se afastaram temporariamente de seus cargos.

Ainda sobre o relatório, Barr disse que as criptomoedas são “de vital importância” para os Estados Unidos e seus aliados, desde que “não ponham em risco” a segurança pública.

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