PIX Friday: o impacto do PIX e das fintechs na Black Friday
Pela primeira vez na história o Brasil contará com um sistema de pagamentos instantâneos que ganha vida no mês das compras e na principal data de descontos, a black friday
Desde 03 de novembro os brasileiros podem fazer transferências financeiras e pagamentos usando o Pix, sistema do Banco Central do Brasil que promete ser a ‘moeda digital’ do país e acelerar a digitalização da economia no país.
Desenvolvido como uma ‘resposta’ do BC as demandas da população por pagamentos rápidos, baratos e 24horas, como as criptomoedas o Pix pretende ser a grande rede de pagamentos do país e com isso reduzir, ou até eliminar, o uso do dinheiro físico.
Porém, novembro, mês em que o Pix ganha vida também é o mês das ofertas e, com isso, o mês dos pagamentos.
Tradicionalmente, lojas do mundo inteiro baixam os preços para a Black Friday – que, este ano, acontece no dia 27/11.
No Brasil, a expectativa é que os resultados superem o recorde de vendas online de 2019.
Desta forma, pela primeira vez na história, os brasileiros poderão pagar suas compras com um sistema de pagamentos instantaneo gerido pelo Banco Central e que permite a inteporabilidade entre instituições financeiras de tal maneira que o logista não precisa mais esperar nenhum dia para que o dinheiro do débito esteja disponível na sua conta.
Pix
De acordo com análise global realizada pelo Facebook, apesar do início da flexibilização do comércio, as vendas online continuam em alta. Outra tendência, é que 73% dos consumidores criaram o hábito de comprar de pequenos negócios.
“Deste modo, o impacto do PIX representará uma revolução para estes artesãos, pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEIs) que poderão receber pagamentos 24 horas por dia e 7 dias por semana sem que o cliente tenha que pagar tarifa pela transferência – um ganho de competitividade”, destacam Juliano Carneiro e André Emídio, sócios do RevoBank.
Assim, segundo os empresários a experiência desta primeira Black (PIX) Friday poderá dar indícios sobre como o consumidor vai estruturar os gastos com a nova tecnologia bancária.
Porém os sócios do RevoBank destacam ainda que a partir de 30 de novembro será a vez do Brasil entrar na primeira fase do open banking.
Na prática, o consumidor poderá compartilhar seu histórico entre diferentes instituições.
“A nova era deve abalar os pilares das instituições financeiras tradicionais – acostumadas com cobranças por serviços simples -, uma vez que o consumidor ganhará muito mais mobilidade e opções com o crescimento das fintechs”, destacam.
Bancos perdem espaço
Desta forma, segundo os executivos, o usuário-final será o principal beneficiário desta competição entre instituições bancárias e fintechs.
“O mercado prevê a criação de novos serviços, crédito mais barato, a diminuição da circulação do dinheiro físico e até mesmo de cartões”, afirmam.
Os empresários destacam ainda que a temporada de compras de final de ano que tem início com a Black Friday será o grande laboratório destes novos serviços do BC.
“É certo que a transformação já começa a acontecer – na iminência do PIX e das fintechs, os bancos tradicionais já investem em serviços de cashback, investimentos mais rentáveis e menos taxas. Finalmente a tecnologia chegou ao sistema financeiro para diminuir excessos e garantir que serviços bancários sejam uma escolha e não mais uma imposição ao cliente”, finalizam.
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