Pirâmide financeira com criptomoeda utilizou imagem do ex-jogador Roberto Carlos
O pentacampeão brasileiro Roberto Carlos teve sua imagem vinculada a uma pirâmide que supostamente havia criado uma criptomoeda lastreada em ouro. As autoridades da Alemanha já ordenaram que a empresa encerre suas atividades.
Pirâmide: Criptomoeda lastreada em ouro não passava de uma fraude
De acordo com o The Guardian, uma pirâmide envolvendo criptomoeda na Alemanha tem causado uma tremenda confusão. As autoridades do país inclusive já ordenaram que essa encerre suas atividades por lá.
Isso porque a Karatbars, que afirma possuir uma criptomoeda lastreada em ouro, é suspeita de ser uma pirâmide. A empresa, que trabalha com o sistema de afiliados, já teria levantado £78 milhões (R$ 360 milhões).
A empresa teria arrecadado o capital com a venda da moeda KaratGold Coin (KBC). Além disso, o fundador, Harald Seiz, afirma que possui um banco de criptomoedas licenciado em Miami e uma mina de ouro em Madagascar. A mina teria, de acordo com Seiz, 900 milhões de euro em ouro.
Em eventos realizados pela empresa em 2019, Lamborghinis e relógios de luxos foram direcionados para os afiliados. Em outro ponto, o The Guardian apontou que o uso da imagem de ex-jogadores teriam endossado o negócio, possivelmente fraudulento.
Dentre os jogadores citados estão Lothar Matthäus, Roberto Carlos e Patrick Kluivert. Os jogadores participaram de um evento da Karatbars em setembro de 2019, realizado em Amsterdam.
Autoridades alemãs estão de olho na Karatbars, assim como agências de outros países
A Karatbit Foundation, com sede em Belize, está sob investigação por autoridades da Alemanha. Com várias reclamações sobre seu negócio, um promotor de Stuttgart começou a investigar a empresa. O BaFin alemão já emitiu uma ordem para que a empresa desista de suas atividades.
Além disso, a possível reserva de ouro da criptomoeda pode não existir. De acordo com informações do The Guardian, a possível mina de Madagascar possui apenas titânio e zircão.
Autoridades da Namíbia, EUA e África do Sul também já emitiram alerta contra a Karatbit. Ou seja, há fortes indícios de que a empresa seja uma fraude total, mesmo com o fundador negando os rumores.
Estamos no caminho certo com todos os nossos projetos. Isso é apenas alguém tentando atrapalhar o sucesso do Karatbars. Não vai dar certo.
Veja no vídeo abaixo a participação de Roberto Carlos em evento da possível pirâmide que possui criptomoeda lastreada em ouro:
Ex-jogador Roberto Carlos se envolve em polêmicas com criptomoedas
Dos campeões do pentacampeonato do Brasil, já são três os jogadores que se envolveram em polêmicas com criptomoedas. Ronaldinho Gaúcho já havia participado como embaixador na 18K Ronaldinho, suspeita de ser uma pirâmide que atua no Brasil.
Além disso, Cafu entrou também como embaixador, na empresa Arbcrypto. Com atuação no Brasil, esta já está sendo investigada pelas autoridades do país.
Com a ida de Roberto Carlos para evento de uma possível pirâmide na Alemanha, mais um pentacampeão se envolve de forma polêmica com criptomoedas. Cabe o destaque que as moedas digitais, como exemplo o Bitcoin, não prometem rendimentos e nem buscam afiliados. O The Guardian informou que Roberto Carlos não respondeu aos contatos quanto ao seu envolvimento com a possível pirâmide.
Contudo, também em setembro de 2019, o website Games Brasil já havia noticiado o envolvimento do ex-lateral com uma criptomoeda. Neste caso, a polêmica se deu pelo fato da criptomoeda ser ligada ao mercado de casinos, prática ainda ilegal no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n° 186, de 2014, ainda se encontra em tramitação para legalizar este setor no país.
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