Possível pirâmide de mineração de Bitcoin ataca no Brasil
Mais uma possível pirâmide financeira ataca no Brasil, dessa vez prometendo lucros sobre a mineração de Bitcoin. As promessas são de obter “ganhos estáveis” em tecnologias do futuro, como as criptomoedas Bitcoin, Ethereum, Litecoin e Dogecoin.
Isso porque, com um sistema de mineração em nuvem, a Mining-Up afirma ser baseada na Estônia. A proposta da empresa é proporcionar para as pessoas ganhos com mineração de Bitcoin em nuvem, uma história que já deixou muitos no Brasil com enormes prejuízos.
O possível esquema ponzi internacional Mining-Up já criou anúncios em várias redes sociais. Em esquemas fraudulentos, é normal a tentativa de passar credibilidade para investidores, contudo, para um site que denuncia pirâmides pelo mundo é um claro caso dessa nova empresa.
Possível esquema de pirâmide financeira promete ganhos com a mineração de Bitcoin, Brasil tem sido um dos principais países a acessar página do golpe
Com a popularização do Bitcoin e outras criptomoedas pelo mundo, mais pessoas procuram sobre o tema na internet. Como é um dinheiro digital, muitos pensam ser fácil ganhar Bitcoin pela internet e apostam em empresas que prometem ganhos fáceis para isso.
Nos últimos anos, contudo, pirâmides financeiras se aproveitaram da enorme busca sobre o tema para atacar os interessados. Um dos modelos de pirâmide com Bitcoin que mais ganhou fama é o de mineração, que em tese, deveria gerar rendimentos diários com a atividade.
No Brasil, as principais empresas a ruir com esse modelo de negócio, deixando uma leva de investidores lesados, foram a Minerworld e Aws Mining. Agora, surge a Mining-Up, com promessas de rendimentos com mineração de várias criptomoedas, que permitem ganhos diários.
Além disso, a Mining-Up, promete lucros binários, ou seja, quem convidar outros participantes para a barca supostamente furada, ganha mais porcentagens. Cabe o destaque que, mesmo com outros famosos golpes ocorridos neste setor no Brasil, o país é o que mais tem acessado a página da Mining-Up, que afirma ser baseada na Estônia.
Japão e Índia são os outros dois países que mais acessam página da Mining-Up, site afirma que é um ponzi claro
De acordo com o site que investiga e denuncia esquemas de pirâmide pelo mundo BehindMLM, a Mining-Up é a mais nova mineração em nuvem ponzi no mercado. A investigação feita pelo site aponta que, como Brasil, Índia e Japão são as principais fontes de tráfego da Mining-Up, o escritório da Estônia pode ser apenas fachada.
Além disso, não ficou claro quem é o proprietário do negócio acusado de operar uma fraude. O site foi registrado em dezembro de 2019, mostrando que a operação é nova na internet.
“Os afiliados da Mining Up investem em criptomoeda com a promessa de um ROI de 730% pago em 365 dias”, destacou o BehindMLM, que afirma que a empresa é fraudulenta
Por fim, o site apontou que a única fonte de receita da Mining-Up é a entrada de novos usuários, em um claro esquema de pirâmide. Os brasileiros, que já viram ruir vários esquemas do tipo no país, devem tomar cuidado com propostas de mineração em nuvem, que normalmente, terminam sendo esquemas fraudulentos.
Que fim levou outras empresas no Brasil que prometiam ganhos com mineração em nuvem
A Minerworld, com sede no estado do Mato Grosso, foi alvo de uma operação do Gaeco em 2018. Após a busca e apreensão de líderes do esquema, a polícia encerrou a Minerworld, com a Operação Lucro Fácil, e o caso segue na justiça.
Por outro lado, a AWS Mining, que também criou problemas para seus investidores, teve os bens bloqueados pela justiça no fim de 2019. A empresa oferecia rendimentos com mineração de Bitcoin e bônus por indicações, entretanto, a pirâmide acabou ruindo.
A mineração de Bitcoin é uma atividade essencial da rede, que é feita por máquinas específicas. Como não é possível qualquer pessoa realizar isso em casa, pirâmides oferecem rendimentos dando a sensação que fará isso e com remuneração diária. A história já mostrou que não é bem assim, com a Mining-Up sendo mais uma candidata a dar um golpe em breve.
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