Pioneiro distribuiu mais de 15 mil Bitcoins para estimular sistema: “Não me arrependo”

Jeff Garzik, o terceiro maior colaborador no desenvolvimento do código do bitcoin, distribuiu 15.678 btcs em recompensas a desenvolvedores para estimular o trabalho no software. Hoje, o montante poderia estar valendo mais de R$ 380 milhões.

De acordo com o Bloomberg, Garzik diz que não esperava que a criptomoeda fosse chegar a tal patamar, ainda mais com o conceito que deram pra ela, mas diz que não se arrepende e o que importa “é que o bitcoin ainda está por aí”.

“Como pai, eu gosto de ver meus filhos crescerem, mesmo quando cometem erros ou crescem de maneiras que eu não esperaria”, disse Garzik, hoje com 44 anos.

Há cerca de oito anos o desenvolvedor trabalhava à distância para a empresa de softwares Red Hat, diz o Bloomberg. Foi quando, em julho de 2010, ele se deparou com um post que falava sobre o bitcoin.

“O Bitcoin é uma moeda digital baseada em rede, sem banco central e sem taxas de transação. Usa um conceito de prova de trabalho. A comunidade está esperançosa de que a moeda permanecerá fora do alcance de qualquer governo”, dizia a publicação.

Garzik trabalhou diretamente com Gavin Andresen e Satoshi Nakamoto, que desapareceu misteriosamente em 2011. Eles se comunicavam via email e no fórum do Bitcointalk.

“[Bitcoin] é um organismo, algo que evolui”

Para o desenvolvedor, que hoje colabora com a plataforma de pagamentos BitPay e é conselheiro da BitFury e da Linux Foundation, o bitcoin não evoluiu de acordo com a tese dos seus primeiros dias, os pagamentos em grande volume no comércio. Mas ele vê o lado bom.

“Como reserva de valor o seu sucesso é inquestionável”, disse ele, que não revelou sua participação atual, em btcs, no mercado.

Sobre a distribuição de bitcoins aos colaboradores, Garzik disse que era preciso.

“Era uma questão se o bitcoin iria ou não sobreviver. E hoje não há dúvidas sobre isso”.

O desenvolvedor continuou trabalhando no código do Bitcoin até 2016, quando mudou o foco para seus próprios negócios em meio a brigas entre desenvolvedores e mineradores sobre como escalar a rede, diz a reportagem.

Desenvolvimento é o que não falta

Em junho deste ano, Garzik lançou a criptomoeda Metronome (MET), um projeto da empresa de blockchain Bloq, onde ele ocupa a posição de diretor executivo.

Chamada de a “criptomoeda de mil anos” pelo cofundador da startup Matthew Roszak, o projeto visa proporcionar aos investidores institucionais a estabilidade que precisam para justificar a entrada na criptoeconomia.

Já Garzik, disse que a Metronome é a criptomoeda que ele teria construído se tivesse que começar do zero”.

“Com a Metronome, procuramos criar um sistema de criptomoeda autônomo que seja altamente resistente ao fracasso da governança e que tenha como finalidade de durar gerações”, afirmou Garzik, na ocasião, em um comunicado de imprensa.


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