Faraó dos Bitcoins registra candidatura a deputado federal e declara patrimônio de R$ 60 milhões

Alvo de uma enxurrada de processos, Glaidson dos Santos tenta uma cadeira na Câmara dos Deputados além de liberdade por meio de habeas corpus.

Dados do site Divulgacand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desta quarta-feira (17) indicavam que o pedido de registro de candidatura de Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins“, encontrava-se pendente de julgamento por parte da Justiça eleitoral. Preso desde agosto do ano passado no âmbito da Operação Kryptos sob a acusação de liderar um esquema de pirâmide financeira baseado em investimentos em criptomoedas pela empresa GAS Consultoria, Glaidson pretende concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo partido Democracia Cristã (DC) do Rio de Janeiro.

O ex-garçom, que é cobrado, pelo menos, em um total de R$ 4,4 bilhões por cerca de 42 mil investidores que já assinaram o cadastro de credores do grupo GAS Consultoria, aberto em julho junto à 5ª Vara Empresarial da Capital pelo administrador judicial da empresa, o advogado Sergio Zveiter, também declarou à Justiça Eleitoral que possui R$ 60 milhões em quotas ou quinhões de capital, além de um apartamento no valor de R$ 450 mil. 

Em relação ao plano de recuperação judicial, a decisão aconteceu no final de maio, quando a juíza Maria da Penha Nobre Mauro decidiu pela transferência de todos os valores para a ação de recuperação judicial com objetivo de reembolsar credores e investidores.

Já a eventual candidatura de Glaidson acontece em meio a um pedido de habeas corpus da defesa junto à 2ª Turma Especializada do TRF-2, pedido de liberdade que começou a ser apreciado em julho pelo colegiado e que acabou adiado após a videochamada atingir o limite de 500 espectadores, o que normalmente não acontece nas transmissões do Judiciário fluminense. 

Conforme noticiou o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a sessão foi interrompida por conta do grande número de manifestações no chat, que deverá ser analisado pelo Ministério Público Federal (MPF). As mensagens, em linhas gerais, pressionavam os desembargadores a libertarem o Faraó dos Bitcoins.

“Em nove anos, o Glaidson sempre pagou em dia e muitas vezes adiantado. E nunca lesou ninguém!”, disse um dos apoiadores.

“Que essa injustiça acabe. Todos vocês são competentes e coerentes. Olhem pelo povo que sofre e perece”, manifestou outro.

Por outro lado, a situação de Glaidson parece ter se complicado ainda mais nos últimos dias com a autorização de uma nova prisão preventiva decretada pela Justiça, que aconteceu no âmbito da quarta fase da Operação Kryptos revelando que as operações do Faraó dos Bitcoins nos EUA eram intermediadas por piloto de avião ligado ao narcotraficante Pablo Escobar, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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