PF bate recorde e apreende R$ 21 milhões em dinheiro ‘vivo’ nas eleições 2024

fraudes com criptomoedas
Sede da Polícia Federal em Brasília

A Polícia Federal apreendeu, nas eleições municipais deste ano, cerca de R$ 21 milhões em dinheiro “vivo”, um recorde na comparação aos últimos pleitos. Os números parciais foram apresentados à imprensa neste domingo (6), quando é realizado o primeiro turno das eleições para a escolha de prefeito e vereadores em 5.569 municípios.

Os eleitores têm até as 17h (horário de Brasília) para registrarem o voto na urna eletrônica. Veja aqui o horário de funcionamento de sua seção eleitoral.

O volume apreendido até o momento supera em quatro vezes o valor confiscado nas eleições de 2022 (R$ 5 milhões) e é muito além do que foi resgatado em 2020 (R$ 1 milhão).

Segundo a PF, grandes quantidades de dinheiro em espécie movimentados em período eleitoral podem servir para abastecer esquemas de compra de voto, o que será apurado em investigações.

“Toda pessoa que portar dinheiro tem que esclarecer a origem e o destino e as razões pelas quais têm esses valores consigo”, destacou o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, em coletiva à imprensa para comentar os números.

Segundo a legislação eleitoral, cabe à Polícia Federal a investigação de crimes eleitorais, como compra de votos. Neste domingo de 1º turno, eleitores e candidatos só podem ser presos caso cometam alguma irregularidade em flagrante.

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Balanço

Números da corporação, divulgados às 15h (horário de Brasília), apontavam a existência de 168 ocorrências envolvendo as eleições, que incluem 34 inquéritos policiais instaurados, 70 termos circunstanciados e 64 situações de flagrante. O Estado com o maior número de registros era o Rio de Janeiro, com 23 ocorrências.

Só neste domingo, a PF apreendeu R$ 300.596,00, sendo R$ 184.368 em espécie. Entre os crimes cometidos e que serão apurados pela instituição sobressaem a propaganda eleitoral irregular e a corrupção eleitoral (compra de votos).

Na sexta-feira (4) ocorreu a maior apreensão de dinheiro vivo nestas eleições. Pouco mais de R$ 4,98 milhões foram confiscados pela Polícia Federal na cidade de Castanhal, no interior do Pará. Três homens foram presos – dois deles são servidores públicos – com o dinheiro que havia sido sacado pouco tempo antes de uma agência bancária. Segundo a PF, os valores seriam utilizados para a compra de votos.

Na noite de quinta (3), outra apreensão significativa, de aproximadamente R$ 1,8 milhão, também em dinheiro “vivo” ocorreu no Rio de Janeiro. O montante foi encontrado em veículos estacionados em um centro empresarial na Barra da Tijuca. Um dos investigados, segundo a PF, é suspeito de praticar corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro.

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