Petrobras lança licitação para até 10 navios que podem somar US$ 1 bilhão
Por Rodrigo Viga Gaier
A Petrobras lançou na sexta-feira uma licitação para o afretamento de até 10 navios de médio porte, tipo OSRV, que poderão somar contratos de até um US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões), disseram três fontes com conhecimento do assunto.
O aviso para o certame com o número e o tipo de navios foi publicado nesta sexta-feira, no Diário Oficial da União (DOU), sem informação sobre valores. A abertura das propostas está marcada para 27 de setembro.
Uma das novidades desse afretamento, segundo as fontes, é a exigência de um conteúdo local mínimo de 40%. Esse tipo de navio é usado, por exemplo, no combate a eventuais vazamentos de óleo em acidentes.
A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que completou 100 dias no cargo nesta semana, chegou à empresa com a missão de estimular a indústria naval brasileira, segmento de grande importância para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As fontes, que falaram na condição de anonimato, acreditam que empresas de afretamento que já atuam no país têm condições de atender e até superar o nível de conteúdo local previsto para esses contratos.
“Muitas dessas empresas que fazem esse tipo de afretamento têm estaleiro próprio. São capazes de atender com sobras esse conteúdo mínimo”, afirmou uma das fontes, em sigilo.
“Aqui no Brasil dá para fazer o conteúdo com pé nas costas. Diria até uns 60%”, adicionou uma segunda fonte.
Os contratos de afretamento serão de 12 anos, e as empresas poderão recorrer ao Fundo de Marinha Mercante (FMM), que oferece taxas mais acessíveis.
Ainda neste mês, devem ser apresentadas propostas à Petrobras de um outro certame para a contratação de 12 PSVs (supply vessels) e a expectativa é que os contratos sejam assinados ainda neste ano, disseram as fontes.
A empresa também estuda lançar até o fim do ano uma outra licitação para cerca de 16 navios do tipo RSV. Segundo uma das fontes, a Petrobras “tem que renovar sua frotas para também diminuir suas emissões. Esses navios emitem muito menos”, completou.
(Por Rodrigo Viga Gaier)