Petição quer que youtubers portugueses sejam investigados por promover fraudes de criptomoedas

Diversos youtubers portugueses estão sendo acusados de promover esquemas fraudulentos que podem estar dando prejuízo para milhares de inscritos.

As denúncias culminaram na criação de uma petição pública que pede que o Supremo Tribunal de Justiça de Portugal passe a investigar os influenciadores denunciados. 

De acordo com a petição, esses youtubers estavam usando seus canais para promover esquemas fraudulentos que prometiam lucros irreais a partir de investimentos no mercado forex, ações e criptomoedas.

A denúncia afirma que tais esquemas levaram ao “enriquecimento desonesto destes burlões (trapaceiros) à custa de perdas enormes por parte das pessoas enganadas”.

Até o momento, oito youtubers estão sendo denunciados. O canal ‘Windoh’ é o maior entre eles, com quase 2 milhões de inscritos.

Nesta quarta-feira (3), a petição já conta com 8.140 assinaturas de pessoas que exigem que os influenciadores sejam investigados pelas autoridades, conforme trecho do texto:

“Com esta petição pede-se que sejam investigados os esquemas ou pseudo-negócios que estes indivíduos praticam. […] Estes golpistas causam a perda de dinheiro de pessoas, principalmente de jovens menores de idade, uma vez que este é seu público-alvo.”

De acordo com a denúncia, os influenciadores promoviam cursos, sistemas de afiliados e grupos privados que exigiam pagamentos mensais para ensinar aos usuários como lucrar com criptomoedas.

Além disso, a denúncia também acusa os canais de promoverem casas de apostas sem licença para operar em Portugal.

Curso de criptomoedas “copiado da Wikipédia”

De acordo com o portal JN, a polêmica fez com que diversos youtubers fossem “cancelados”, com várias hashtags sobre o assunto nos trending topics do Twitter nesta semana. 

O assunto ganhou outra dimensão depois que veio à tona as denúncias do hacker redlive13. Em live, ele acusa um curso de trade de bitcoin, promovido pelo youtuber Windoh, de ser uma “cópia da Wikipédia”.

A principal crítica da comunidade era sobre o preço exagerado de 400 euros (o equivalente a R$ 2.780), cobrado por um curso básico.

Por outro lado, o youtuber negou todas acusações do hacker e afirmou que as supostas evidências foram falseadas. Apesar disso, ele cancelou a venda do curso e devolveu o dinheiro àqueles que já haviam pago. 

Além de Windoh, outros grandes youtubers de Portugal como João Barbosa (Numeiro), David Soares (David GYT) e Fábio Pereira (Ferp) também foram alvo de críticas da comunidade pelo suposto envolvimento em esquemas fraudulentos. 

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