Pesquisadores encontram discrepância nos volumes divulgados por exchanges de criptomoedas
O Blockchian Transparency Institute (BTI) publicou, este mês, um relatório que afirma que algumas das principais exchanges de criptomoedas do mundo estão exagerando sobre seus volumes de negócios, ou participando de esquemas de lavagem de dinheiro.
Todos os dias, bilhões de dólares em criptomoedas são trocados. Para se ter uma ideia, somente nas últimas 24 horas esse valor foi de US$ 12,9 bilhões. E é nesse contexto que a organização estima que, por dia, mais de US$ 6 bilhões em volume de ativos negociados sejam falsificados. Ou seja, praticamente metade das transações.
Conforme o BTI explica, 70% das 130 principais exchanges listadas em site de dados como o Coinmarkercap apresentaram dados manipulados sobre seus volumes.
A metodologia levou em consideração a liquidez do livro de ofertas das plataformas de negociação e a contagem de visitantes únicos diários das bolsas. Com base nessas informações, a pesquisa foi realizada usando sites de trafego da web como Google Analytics e o Similarweb.
Os pesquisadores da BTI detalharam ainda que o relatório utilizou o documento de desvio de Sylvain Ribes – que publicou um estudo com informações relevantes sobre a Huobi e Okex – proporcionado uma análise mais precisa sobre os volumes das trocas.
“As exchanges fora das grandes bolsas de valores, tipicamente apresentam o volume/ usuário, para uma taxa de visitantes únicos, de 2 a 5% (Média de 3,5%). A taxa das exchanges suspeitas variou muito, de 10% para mais de 655,000%”.
Por exemplo, as bolsas LBB e ZB, que afirmam estar no top 10 das exchanges de criptomoedas, também garantem um volume e usuário únicos acima de US$ 214 mil e US$ 74 mil, respectivamente. Isso é estranho, considerando que os mercados conhecidos de alta liquidez, como Bitfinex, Binance e Coinbase giram entre US$ 5 mil e US$ 8.500 visitantes por dia.
Manipulação e lavagem de dinheiro
“Analisando os números de volume das 130 principais bolsas, estima-se que mais de US$ 6 bilhões em volume diário de negócios estão sendo falsificados, com mais de 67% desse volume direcionado para a lavagem de dinheiro”.
Volumes fraudados não são uma novidade na indústria de criptomoedas, com acusações presentes desde o começo das primeiras exchanges.
Em 2013 e 2014, houve muitos estudos e artigos sobre os falsos relatórios apresentados pelas casas de câmbio.
Em julho passado, a Crypto Exchange Ranks, publicou um documento acusando o site Coimarketcap de incentivar volumes falsos.
Fonte: Bitcoin News
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