Palmeiras lança fan token e vai distribuir criptoativo a sócios-torcedores

O Palmeiras é mais um clube brasileiro a entrar na onda dos fan tokens. O clube anunciou, nesta quarta-feira, 8, o lançamento do VERDAO, criptoativo oficial do time alviverde emitido em parceria com a Socios.com, a mesma plataforma por trás dos tokens de Flamengo, Corinthians, Atlético-MG e São Paulo.

“Essa é mais uma grande parceria que estabelecemos para o Palmeiras, que aumentará ainda mais o engajamento da torcida no Brasil e no mundo. Além de ser uma importante e nova fonte de receita, acreditamos que os fan tokens aumentarão a conexão digital com nossos torcedores. Depois de um processo de análise muito cuidadosa, estamos felizes em anunciar a Socios.com como a mais nova parceira do Palmeiras”, disse o presidente do clube, Maurício Galiotte.

Os fan tokens do Palmeiras, que ainda não tiveram a data de lançamento no mercado confirmada, terão uma novidade em relação aos de outros clubes brasileiros. Buscando ativar sua base de sócios-torcedores, todos os membros do programa Avanti maiores de 18 anos receberão uma unidade do token VERDAO gratuitamente.

Os fan tokens têm se popularizado entre os maiores clubes de futebol do mundo e, mais recentemente, entre os times brasileiros, que buscam novas formas de geração de receita e engajamento com torcedores após as mudanças provocadas pela pandemia.

Fan tokens é o nome dado aos utility tokens ligados a marcas ou entidades esportivas. Esse tipo de criptoativo, como o próprio nome sugere, é um token de utilidade, ou seja, que pode ser trocado por benefícios, produtos ou serviços. No caso da Socios.com, os donos dos fan tokens podem participar de votações por exemplo para escolher a cor do ônibus da equipe e também acessar promoções e outras ações exclusivas na sua plataforma.

Apesar do crescimento no Brasil e no mundo, o modelo de fan tokens da Socios.com é criticado por alguns especialistas, que têm opiniões divididas sobre o assunto.

Bruno Maia, especialista em inovação e novos negócios na indústria do esporte, fan tokens devem são um ativo de investimento, não de utilidade: “O torcedor deve olhar para isso como investimento, e não como algo de torcida. Ele deve entender que isso é investimento financeiro e avaliar com essa lógica, e a partir disso decidir se vale a pena [comprar] ou não. Particularmente, eu não acredito muito nisso”, comentou.

Já Guilherme Macêdo, sócio do escritório Marcello Macêdo Advogados, acredita que a plataforma precisa oferecer uma utilidade mais atraente para os utility tokens: “Apesar do modelo negócios inovador introduzido pela Socios, cujo mérito é inegável, as experiências únicas e exclusivas prometidas não foram efetivadas até o momento, de modo que os benefícios têm se limitado a participação em enquetes para a tomada de decisões insignificantes, o que acarretou em uma brusca desvalorização no valor dos tokens em razão do pequeno interesse em participar da comunidade”, citando como o exemplo o token SCCP, do Corinthians, lançado no mercado por US$ 2 e atualmente negociado a cerca de US$ 0,95.

Apesar das críticas, a plataforma segue consolidada como a maior do gênero no mundo, com parcerias com marcas de renome. Além dos clubes brasileiros, fazem parte do projeto PSG, Barcelona, Manchester City, Arsenal, Milan, entre vários outros grandes times de futebol, e marcas como LaLiga, UFC, equipes de Fórmula 1 e da NBA. A corretora Binance também tem investido no lançamento de fan tokens, e recentemente fechou parceria com o Santos Futebol Clube. Outra plataforma ligada a esse tipo de criptoativo é a Bitci, que no início do ano lançou o token da Seleção Brasileira, em parceria com a CBF.

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