P2P: o que é e como negociar no Brasil
Peer to Peer, ou P2P, é um modo de transação de valores ou arquivos diretamente entre pontos. Mas, você sabe como funciona e como você pode trabalhar com esse tipo de negociação?
O talvez mais famoso e importante whitepaper já escrito, intitulado “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System”, trouxe consigo uma revolução para o mundo das finanças. Mas, mesmo 12 anos depois, a tecnologia não para de apresentar novas oportunidades para o usuário.
Para facilitar sua leitura e compreensão, o texto será dividido em:
- O Que é o P2P
- Quais os ganhos para os envolvidos
- Negociar criptomoedas como P2P
- Dicas para sua negociação P2P
O que é P2P
O sistema P2P (peer-to-peer) consiste basicamente em transacionar um valor/documento entre dois pontos, sem a necessidade de um intermediário. O termo começou a ser usado na década de 80, e os primeiros exemplos práticos vieram com a transferência de arquivos como FTP (protocolo de transferência de arquivos) diretamente entre os usuários.
Já em 2000, o P2P passou a ser usado para transferência de valores, evitando bancos e permitindo empréstimos diretamente entre pessoas. O método se popularizou muito na europa, porém levou um certo tempo até de fato chegar no Brasil.
Em 2008, com o lançamento do whitepaper do Bitcoin, o P2P ganhou um novo uso: transferir dinheiro sem a necessidade de intermediário. Portanto, passou a ser utilizado o pagamento em reais, fazendo uma TED para a outra ponta, por exemplo, em troca de receber bitcoins minerados.
Antes dos surgimentos das exchanges, assim eram feitas as transferências. Contudo, na prática, para a adoção em massa, o método sem nenhum intermediário não era eficiente.
Com o passar dos anos, as exchanges se mostraram uma ótima alternativa inclusive para sistemas P2P. Devido ao alcance e público mundial dentro das plataformas, as corretoras de cripto apresentaram o comprador ao vendedor, facilitando a vida de ambos.
O ganho para os envolvidos
É claro que a negociação P2P deve trazer bônus para ambos os lados. No princípio, em que o Bitcoin não tinha o preço maior que o de um pão, e tudo isso que você vê hoje era mato, as principais motivações para uma negociação P2P eram por falta de liquidez e a curiosidade no sistema também fazia sua parte.
Com o passar do tempo, o P2P se tornou uma profissão no universo cripto. Essas pessoas passaram a vender criptomoedas (que mineravam, compravam ou intermediavam) com uma diferença de preço (spread) entre a compra realizada e a venda. Assim, uma das maneiras de obter lucros, era através desse spread.
Nos dias de hoje, o P2P é um meio utilizado por alguns compradores para não declararem suas compras, mesmo que isso não seja o que pede a receita do Brasil. O que acontece é que alguns desses profissionais P2P não declaram suas operações para a receita, algo que as exchanges registradas no país são obrigadas a fazer.
De todo modo, o mais importante é que ambos os usuários tenham a segurança de que receberão aquilo que foi acordado, seja a criptomoeda ou o dinheiro fiduciário (Real, no caso do Brasil).
Como negociar P2P
Conforme falado anteriormente, uma das maneiras mais clássicas de realizar uma transação P2P de criptomoedas é através de um conhecido. Assim, nos grupos de Whatsapp ou até mesmo no círculo de amigos, você pode encontrar algum profissional P2P e comprar ou veder suas criptomoedas diretamente com ele.
Contudo, além de perder muita segurança e ainda ter o trabalho de encontrar alguém com a quantidade de criptomoedas/reais que você deseja, essa operação se torna muitas vezes inviável. Para resolver esses problemas, surgiram meios alternativos como o uso da plataforma de uma exchange para encontrar um profissional P2P.
Algumas exchanges disponibilizam algo que se assemelha a um marketplace, em que você como comprador pode ir direto no vendedor e realizar a sua operação, e contará ainda com toda a segurança e confiança da exchange que hospeda, já que na maioria dos casos são feitos testes para conhecer e verificar o negociante.
Outra vantagem considerável para quem opta por uma exchange P2P são os meios de pagamento. Por se tratar de uma empresa, a organização permite que as negociações sejam feitas com cartão de crédito, débito, TED e até usando outros meios como carteiras digitais.
Em alguns casos, as exchanges oferecem também bônus por negociar dentro da plataforma. No momento que este artigo é escrito, por exemplo, a OKEx está com uma campanha para traders P2P que negociem ARS em que eles podem ganhar até 300 dólares de bônus. Outras campanhas da empresa, permitem também que você receba bônus de até 10 dólares na sua primeira compra de criptomoedas na OKEx.
Dicas para sua negociação P2P
Como você pode ver, negociar usando P2P é simples e qualquer um pode fazer. E pra te ajudar nessa jornada, separamos algumas dicas pontuais para otimizar seus ganhos.
- Saiba o preço da criptomoeda em uma exchange
- Conheça as taxas cobradas pela exchange e pelo profissional P2P
- Só negocie diretamente com um usuário que conheça e tenha referência
- Se for iniciante no meio, talvez seja melhor usar o P2P de uma exchange
- Aceitar/realizar diversos meios de pagamento aumenta a facilidade de execução da ordem
Esses são os princípios básicos do que é e como negociar P2P. Uma sugestão de plataforma P2P, é a da OKEx, que também suporta reais e pesos argentinos.
Caso tenha alguma dúvida, pode perguntar em nossas redes sociais que estamos prontos para te ajudar!
O artigo P2P: o que é e como negociar no Brasil foi visto pela primeira vez em BeInCrypto.