Os principais mitos sobre o Bitcoin
Mitos não faltam no universo das criptomoedas, mesmo com o preço do Bitcoin aumentando e gerando mais atenção para as moeda digitais.
Todavia, o fato é que muitos mitos ainda existem para a maioria das pessoas quando falamos do Bitcoin.
Principais mitos
1- O Bitcoin é muito caro
Geralmente, existem dois mitos que ocorrem quando olhamos para o preço do Bitcoin.
A primeira suposição é que um indivíduo deve comprar um bitcoin inteiro como faria com ações de uma empresa.
Ao contrário, com a maioria das trocas, o bitcoin pode ser comprado em frações (os serviços estão começando a fornecer isso também para as ações da empresa) e por qualquer valor em dólar que o comprador escolher.
Isso é possível devido à forma como o bitcoin está programado para ser divisível.
Um bitcoin pode ser dividido em cem milhões de peças. Você pode pensar que eles são comparáveis a centavos de dólar.
Cada “centavo” de bitcoin ou satoshi, em homenagem ao pseudônimo criador Satoshi Nakamoto, permite que todos invistam qualquer quantia de fiat que desejarem.
1 BTC = 100.000.000 sats / 1 sat = 0,00000001 BTC
O segundo equívoco relacionado ao preço do Bitcoin é sobre como justificamos seu valor atual.
Se o Bitcoin for realmente caro, precisamos nos perguntar quais métricas devemos usar para definir o preço do Bitcoin de maneira apropriada.
Pelo valor de face, sem qualquer conhecimento prévio do que é Bitcoin, o ativo pode parecer muito caro quando comparado ao preço de coisas com as quais estamos geralmente familiarizados.
A maioria dos investidores tradicionais e de varejo comparará o Bitcoin a uma ação, quando na verdade ele se assemelha mais a uma mercadoria como o ouro.
Porém, o Bitcoin é o primeiro ativo na história a introduzir uma verdadeira escassez que pode ser verificada por qualquer pessoa com um computador.
Assim, qual o valor disso?
Sob determinada ótica o Bitcoin pode estar subvalorizado e não “caro”.
2- Bitcoin pode ser hackeado
O segundo mito é que o Bitcoin pode ser hackeado.
Porém, a rede do Bitcoin se mantém segura contra hackers desde o início de sua existência.
Ainda assim, muitos artigos de notícias convencionais alegarão que a rede foi hackeada.
Todavia, em todos os casos, sem exceção, foi uma exchange de Bitcoin que foi hackeada e não a própria rede.
3- Satoshi pode roubar seus bitcoins
Satoshi é o pseudônimo da pessoa ou grupo de pessoas que criou o Bitcoin.
Alguns acreditam que o criador do Bitcoin tem todo o poder na rede.
Porém, esse é um mito entre outros mitos.
O próprio Satoshi precisaria obter as chaves privadas das chaves públicas de um usuário para retirar o bitcoin na carteira do usuário.
Porém, para que isso acontecesse, seria necessária uma quantidade exorbitante de tempo e potência da CPU.
Ou seja, Satoshi criou uma rede que nem ele mesmo pode hackear e roubar.
4- Bitcoin é um Ponzi, esquema de pirâmide ou fraude
Um esquema Ponzi ou pirâmide financeira ocorre quando os primeiros investidores são pagos com fundos dos novos investidores.
Afirmar que o Bitcoin é um esquema Ponzi significaria que há pessoas responsáveis por qualquer perda de fundos e que há uma obrigação pelos lucros.
Todavia, o Bitcoin não inclui nenhuma entidade central e seus desenvolvedores são voluntários.
Portanto, um esquema de pirâmide é um modelo de negócios que requer o recrutamento de novos membros e o financiamento dos membros anteriores.
Isso também pode envolver exigir que investidores posteriores vendam produtos ou serviços.
O Bitcoin, por sua vez, não exige que ninguém seja recrutado ou pague taxas para participar da rede.
Portanto, um participante consciente da rede do Bitcoin se envolve livremente e não coagido.
5- Criminosos lavam dinheiro com Bitcoin
Estima-se que cerca de 614.000 bitcoin foram trocados no Silk Road, site que vendia drogas online, durante seu apogeu.
Dos 11,77 milhões que estiveram em circulação durante o terceiro trimestre de 2013, isso significaria que cerca de 5,3% do total da oferta em circulação estava sendo usado para produtos e serviços ilícitos.
Ainda que isso possa parecer uma grande parte à primeira vista.
Todavia, vamos comparar essa porcentagem com a quantidade de dólares americanos usada em atividades criminosas.
Estima-se que 800 bilhões a 2 trilhões de dólares americanos são lavados por ano.
Se pegarmos a extremidade inferior dessa estimativa e multiplicarmos pelo número de anos de existência do Bitcoin, obteríamos 9,6 trilhões de dólares que foram lavados.
Em contraste, as fraudes com criptomoedas (incluindo Bitcoin) estão em algo entre 1 e 2,8 bilhões por ano.
Porém, não se trata de um argumento que justifique a lavagem de dinheiro por meio de Bitcoin ou outra criptomoeda.
Assim, o objetivo é colocar essa afirmação em perspectiva.
Infelizmente, a lavagem de dinheiro sempre ocorrerá e as autoridades continuarão a perseguir os malfeitores.
Todavia, a porcentagem de pessoas que fazem isso com Bitcoin é minúscula no grande quadro das coisas vistas de forma mais ampla.
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