Oriente Médio: Primeira exchange cripto apoiada pelo Banco Central será lançada em 2019

A primeira exchange de criptomoedas no Golfo Pérsico a ser licenciada por um banco central está prestes a ser lançada por dois veteranos do blockchain, Abdullah Almoaiqel e Yehia Badawy.

Co-fundada por um consultor de blockchain saudita, e por um investidor egípcio que se tornou organizador de meetups, a Rain Financial abriu sua lista de espera pública após um ano na sandbox fintech do Banco Central do Bahrein. A empresa pretende oferecer tanto uma corretora para investidores cripto de varejo quanto uma plataforma institucional nos moldes da Coinbase Pro no Vale do Silício.

Pelo menos outras cinco exchanges também estão envolvidas com a sandbox do Bahrein (um programa regulatório onde os candidatos experimentam em um ambiente supervisionado antes de se formarem em negócios licenciados), mas a Rain foi a primeira a participar, iniciando em setembro de 2017 e agora esperando lançar no início 2019.

Khalid Saad, CEO da Bahrain Fintech Bay (um espaço de co-working sem fins lucrativos para startups locais) disse á CoinDesk:

“O que é único sobre a Rain é que eles são os mais avançados e os mais próximos de se formar”

O CEO acrescentou que não existem exchanges de criptomoedas oficialmente regulamentadas na região, e que ele espera que a Rain seja a primeira.

A empresa poderia possivelmente encorajar novos fluxos de capital no ecossistema cripto de uma parte do mundo muito rica em recursos naturais como petróleo e gás. Atualmente poucos moradores do Golfo Pérsico participam oficialmente do mercado cripto. Embora Dubai tenha sido um dos pioneiros em smart city, isso se deve em parte pelo receio devido à reputação do mercado.

Segundo Badawy, os investidores curiosos estão aguardando a regulamentação e os parceiros certos, ele frisa que a Rain está vindo para atender essa demanda, com infra-estrutura institucional.

Intrigados com o potencial desse mercado inexplorado, veteranos do mundo cripto como o fundador da Cumberland Mining, Mike Komaransky, o desenvolvedor do Bitcoin Core, Jimmy Song, e Breadwallet, da Crypto Wallet, investiram na startup do Bahrein.

Além disso, a Rain contratou Joseph Dallago, um ex-aluno da startup de cripto-wallet Abra, para ser seu CEO.

Longa batalha

A BitOasis, que tem sede em Dubai, com certeza tem facilitado as compras de bitcoins desde 2015, e também participa da sandbox do Bahrein. Mas enquanto ela se concentrou na construção de uma base de usuários ativos entre os investidores de varejo, os fundadores da Rain se reuniram com atores institucionais em toda a região, de banqueiros a reguladores, em busca de apoio.

Foi uma batalha difícil, os reguladores do Kuwaiti proibiram os traders institucionais de trabalhar com criptomoedas. Enquanto isso, a Autoridade Monetária da Arábia Saudita afirmou em agosto deste ano que nenhum partido ou indivíduo é licenciado para negociar bitcoin no reino. Almoaiqel disse que as principais preocupações com os reguladores na Arábia Saudita são com entidades não registradas. Segundo ele alguns dos reguladores não estão cientes de que os pagamentos de bitcoin não são realmente anônimos e existem maneiras de rastreá-los.

Almoaiqel e Badawy disseram que foram meses educando seus reguladores e parceiros, mas a Rain teve a sorte de que o  Bahrein seja um regulador realmente avançado e progressista na região. O ambiente de sandbox permitiu que a empresa mostrasse ao Banco Central do Bahrein como operaria, limitando os danos caso algo desse errado.

Demanda reprimida

A adoção de cripto no Golfo tem sido lenta para se estabelecer em comparação com países do Oriente Médio, como Turquia e Israel. Apesar disso, o CEO da Rain, Dallago, disse que as pessoas no Golfo valorizam ativos universais, como os metais preciosos, muito mais do que os investidores de varejo nos mercados ocidentais, ele acredita que esse gosto regional realmente combina com as características do bitcoin. Para ele há muita demanda reprimida na região.

Almoaiqel apontou que a remessa é um enorme caso de uso na região, que tem uma alta população de trabalhadores estrangeiros. E realmente, os imigrantes e expatriados supostamente compõem mais da metade da população dos países do Golfo, exceto a Arábia Saudita. Mas é difícil dizer quanta demanda realmente existe devido ao precário ambiente regulatório.

A exchange peer-to-peer LocalBitcoins facilitou apenas 266.634 de dólares em bitcoins na segunda semana de setembro, volumes comparáveis aos de países vizinhos como os Emirados Árabes Unidos. O que é muito pouco em comparação com lugares como a Argentina, que registrou 6,9 milhões de dólares em transações da LocalBitcoins na mesma semana.

Acreditando que essa escala pode mudar, os co-fundadores da Rain estão organizando dezenas de encontros locais de bitcoin do Kuwait à Arábia Saudita, incluindo um evento em junho na sede da Bahrain Fintech Bay que atraiu cerca de 50 participantes. Para eles o objetivo desses encontros é educar as pessoas da região sobre os benefícios da moeda digital. Almoaiqel concluiu:

“É nosso dever contrabalançar todas as notícias negativas sobre golpes de criptomoedas.”

 

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