Operação contra pirâmides financeiras com criptomoedas na região dos Lagos/RJ se espalha para três estados e DF
Polícia Federal deflagra Operação KRYPTOS no Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e DF
Em dia de grande movimentação das autoridades contra esquemas ilegais envolvendo criptoativos, uma das operações fez a Polícia Federal ir às ruas com 120 policiais para cumprir sete mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e no Distrito Federal.
A ação desta quarta-feira (25), em conjunto com o GAECO/MPF e a Receita Federal, fez parte da Operação Kryptos, com objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas.
Segundo a investigação, uma empresa, com sede na Região dos Lagos/RJ, é responsável pela operacionalização de um sistema de pirâmides financeiras ou “esquemas ponzi”, que oferece contrato de investimento, sem prévio registro junto aos órgãos regulatórios, vinculado à especulação no mercado de criptomoedas.
- PF apura lavagem de dinheiro com criptomoedas de organização que já é investigada na Operação Egypto
A PF diz que a empresa oferecia “previsão de insustentável retorno financeiro sobre o valor investido”.
Nos últimos seis anos, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes apresentou cifras bilionárias, segundo a PF, que afirma ser certo que aproximadamente 50% dessa movimentação ocorreu nos últimos 12 meses.
O Cointelegraph publicou que a região dos Lagos tem sido usada com frequência para golpes com criptomoedas, principalmente em Cabo Frio.
A possivel pirêmide financeira em uma empresa em Cabo Frio foi destaque em toda a imprensa recentemente.
Entre as empresas de Bitcoin da região investigadas pela polícia está a X6, de Ricardo Oliveira, conhecido como Rick, que prometia aos investidores rendimento de 15% ao mês.
Rick foi preso em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, por porte ilegal de arma.
Segundo a polícia, Rick garantia aplicar o dinheiro dos investidores na Bolsa de Valores e em bitcoins.
Mas não fazia os investimentos prometidos. Na mesma região, outras dez empresas estão sendo investigadas.
O Cointelegraph mostrou essa história e publicou que depois do assassinato de um trader, a Polícia de Cabo Frio (RJ) iria investigar empresas de criptomoedas na região.
A escalada de violência envolvendo empresas de criptomoedas na Região dos Lagos chamou atenção do Ministério Público e da Polícia Civil.
De acordo com a PF, os investigados na operação desta quarta-feira (25) poderão responder pelos crimes de gestão fraudulenta/temerária instituição financeira clandestina, emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais; se condenados, poderão cumprir pena de até 26 anos de reclusão.
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