Duelo de titãs: quanto custam os equipamentos dos atletas de elite

Não dá para ser atleta de alto rendimento sem equipamentos de primeira linha. Não à toa a maior parte dos patrocinadores dos melhores do mundo em seus esportes são marcas de material esportivo.

Isso inclui produtos customizados com a própria imagem do atleta — que o diga o “Air Jordan”, o tênis de basquete que nasceu da parceria entre a Nike e o jogador do Chicago Bulls Michael Jordan, e mudou para sempre a história do marketing esportivo.

Mas quanto custam esses produtos? O InvestNews juntou alguns deles para ver, num duelo de titãs, qual levaria o pódio.

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A medalha de ouro foi para uma roupa de lycra, mangas compridas e sem pernas: sim, um dos collants que Simone Biles e a seleção de ginástica artística americana vão vestir em Paris:

O motivo, porém, não é ergonômico, mas ajuda as atletas a brilhar ainda mais.

O modelo Luminous Legacy, um dos vários desenhados pela fabricante GK Elite, tem as mangas e o colo com tecido transparente e custa nada menos que US$ 5 mil, ou R$ 28.300 pelo câmbio atual.

Isso porque nele foram aplicados 10 mil cristais Swarovski ao longo do corpo e das mangas. A GK passou a adotar os cristais há cerca de dez anos, mas, a cada edição olímpica, ela supera o recorde anterior — em Tóquio, as atletas competiram com um collant com 7.200 cristais, ao custo de US$ 1.200.

E por que tanto brilho? Dizem as ginastas que o efeito das acrobacias acaba intensificado pelos cristais. Se isso ajuda na nota, aí são outros quinhentos.

Quinhentos reais, aliás, é o preço médio para quem quiser uma réplica do modelo de 2024, disponível no site da fabricante (os cristais, nesse caso, são substituídos por lantejoulas).

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Em segundo lugar vem a prancha de surfe do brasileiro Gabriel Medina. Ao preço de R$ 3.500, ela leva o nome do brasileiro: se chama a prancha Cabianca The Medina, e foi projetada por Johnny Cabianava.

A prancha o acompanha nas grandes competições do circuito profissional de surfe e tem um formato de alto desempenho projetado para aproveitar ao máximo as ondas mais baixas.

“O rocker baixo do nariz à cauda faz do Medina um remador rápido, ajudando a pegar mais ondas. E o fundo côncavo em V e um deck de cúpula mais plano tornam esta prancha estável, mas muito viva e responsiva”, diz Cabianca.

O tricampeão mundial Gabriel Medina usa prancha da Cabianca. Foto: Reprodução/Facebook

Quem ficou com a medalha de bronze foi a raquete de tênis de Novak Djokovic. O sérvio tenta sua primeira medalha de ouro em uma Olimpíada, apenas de já contar com 24 títulos de Grand Slam, que reúne os quatro principais torneios de tênis do mundo (Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open).

A raquete do Djokovic é uma Head Youtek Graphene Speed MP 4 ½. De acordo com a fabricante, a raquete custa R$ 1.899,00 no site oficial e foi projetada para jogadores avançados que buscam controle perfeito para seus jogos rápidos. O equilíbrio foi reduzido em cinco milímetros para melhorar a manobrabilidade e oferecer uma potência controlável. 

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A quarta posição foi para o tênis de basquete de LeBron James.

O jogador de 2,06 metros de altura é considerado um esportista completo, capaz de atuar em todas as posições de um time de basquete. Na NBA, a Liga Profissional de Basquete dos Estados Unidos, LeBron tem marcas impressionantes: médias na carreira de 27,2 pontos, 7,5 rebotes, 7,3 assistências e 1,5 roubos de bola por jogo.

Aos 39 anos, ele chega para sua quarta olimpíada (já foi medalha de ouro duas vezes, em em Pequim-2008 e Londres-2012, e conquistou um bronze, em Atenas-2004).

Nos pés, ele também calça um tênis da Nike, assim como Jordan. Muito procurado pelos fãs da NBA, os modelos mais caros chegam a custar R$ 1.500, como é o caso do Nike LeBron XXI. 

Segundo a fabricante, o tênis possui um sistema de cabeamento que funciona com amortecimento Zoom Air e um design leve e rente ao solo, proporcionando fluidez ágil e explosividade sem excesso de peso.

Rayssa Leal treina com a equipe feminina de skate street do Time Brasil. Foto: Luiza Moraes/COB

Na quinta colocação está o skate de Rayssa Leal, fenômeno brasileiro no esporte. Desde o ano passado, Rayssa passou a executar suas manobras com um shape especial e personalizado fabricado pela empresa norte-americana April Skateboards.

A fabricante foi fundada pelo skatista australiano Shane O’neill e vem desenvolvendo linhas de shapes de alta qualidade, além de investir em um time de skatistas consagrados.

Produzido no México e desenvolvido com sete folhas do tradicional maple canadense, o shape do skate da Rayssa Leal desenvolvido pela April custa no site oficial US$ 71. Com o frete para o Brasil, o skate sem as rodinhas sai por US$ 192,27 (R$ 1.052).

Infografia: Daniela Arbex

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