O rival do ChatGPT: como usar o Claude AI, da Anthropic

O Claude AI é um notável new kid on the block no mundo dos chatbots, batendo de frente com o conhecido ChatGPT, da OpenAI. Desenvolvido pela startup Anthropic – que, por sua vez, é conta com bilhões de dólares vindos dos bolsos da Amazon –, o Claude superou o ChatGPT em vários testes e promete uma interação ainda mais natural com seus usuários.

“É como se chegasse um colega com uma personalidade diferente no seu time”, compara Pedro Burgos, especialista em inteligência artificial e apresentador da série de vídeos IA: Modo de Usar, aqui no InvestNews.

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O Claude é uma importante aposta da Amazon para não ficar de fora da corrida da inteligência artificial. A empresa fundada por Jeff Bezos confia no modelo para atualizar a sua Alexa e deixá-la à altura de assistentes virtuais que também estão tomando um “banho de loja” no shopping da IA, como a Siri, da Apple.

Como acessar o Claude?

São as duas “portas de entrada” clássicas: o seu navegador, acessando claude.ai, e também baixando o aplicativo do Claude na loja de apps do seu celular. É possível logar usando um e-mail qualquer ou diretamente por meio da sua conta Google.

Mesmo se você acessar via site, será necessário validar o login por meio de um número de celular. Basta identificar seu número como do Brasil e digitar o código enviado por SMS.

Como usar o Claude?

Pra quem já usou outro chatbot antes, como o ChatGPT, não tem muito mistério. Basicamente o Claude é uma caixa de texto à espera dos seus comandos – os famosos prompts. Você dá um comando, um briefing ou escreve uma pergunta e ele te devolve a resposta.

Pensar no Claude como um colega de trabalho pode ser bem útil. Na hora de dar um comando, seja direto, sintético, mas não se esqueça de dar a ele todas as informações necessárias para que o resultado seja o mais preciso possível. Ser específico é melhor do que ser abrangente, ser direto é melhor do que enrolar para falar o que você realmente quer.

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Mas há uma diferença importante com relação produto da OpenAI. O Claude vai dando a resposta em duas frentes, ou duas janelas. Na primeira, você tem a resposta propriamente dita, geralmente em formato de texto. Ela pode, inclusive, ser compartilhada e acessada por outros usuários, o que também é uma funcionalidade interessante.

Na segunda janela, você assiste ao “pensamento interno” do Claude enquanto ele está formulando a resposta que aparece na primeira janela. É possível entender quais tarefas a IA vai estabelecendo para ela mesma a fim de entregar a resposta principal.

Ilustre a resposta

Nem só de texto se faz um chatbot. No caso do Claude, vale a pena pedir algo mais visual. Por exemplo: você tem uma ideia de negócio ou projeto e quer usar o Claude para testar o pitch usando ferramentas como o canvas. Você pode fazer isso e pedir para ele criar um esquema de apresentação, com caixas, esquemas, fluxogramas, slides e por aí vai.

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Programando com o Claude

O ChatGPT é bom para ajudar a escrever códigos complexos, simplificar alguns deles e identificar erros nas linhas, certo? O Claude também, mas ele consegue rodar o código, ali dentro dele mesmo.

Créditos: Gabby Jones/Bloomberg

Você pode pedir para ele criar um código do “jogo da cobrinha” e ainda executá-lo na segunda tela, até jogar mesmo. Com isso, é possível ir testando as funcionalidades programadas. Também é possível construir dashboards interativos e usar programação web mais avançada, como a biblioteca JavaScript de código aberto React, por exemplo.

Gratuito ou pago?

Há as duas possibilidades. A versão gratuita oferece praticamente todas as funcionalidades da versão paga. A diferença é que há uma limitação na quantidade de interações diárias. A versão paga também permite o compartilhamento dos programinhas e páginas criadas com o Claude, tornando possível a publicação na internet.

Outra vantagem da versão paga é a possibilidade de fazer uma customização do Claude a partir de documentos e instruções específicas. Dá para criar um projeto pontual e fazer o Claude funcionar como um estagiário virtual. No vídeo, o Burgos usou a ferramenta como um professor assistente, capaz de avaliar os trabalhos dos alunos e devolver avaliações personalizadas.

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