O que falta para a indústria das criptomoedas conquistar as grandes instituições?

Até agora, o setor de criptomoedas tem sido largamente povoado por startups, algumas problemáticas, e não por grandes instituições. Isso pode ser explicado devido a uma série de bloqueios no caminho que ainda faz com que os grandes agentes atuem com cautela nesse setor.

(Foto: Pixabay)

Mas uma coisa é certa: o mundo das criptomoedas não será capaz de chegar ao próximo nível de desenvolvimento sem os investidores institucionais e sua enorme quantidade de capital.

Abordar essas barreiras é essencial para entender e criar uma infraestrutura que permitirá que o ecossistema dos ativos digitais alcance o seu pleno potencial.

Regulação

A regulamentação, ou a falta dela, é um ponto importante para envolver as instituições tradicionais no espaço das criptomoedas. Os principais jogadores simplesmente não querem entrar no jogo até que as regras sejam claras.

Neste momento, os reguladores mundiais estão tentando lidar com a ascensão da tecnologia blockchain, ao tempo que ainda protegem o sistema financeiro e os investidores.

Algumas jurisdições, como China e Índia, adotaram uma posição firme contra as criptomoedas e as exchanges. Outros são mais receptivos – incluindo Japão e a Suíça – onde o Bitcoin é uma tendência legal e as criptomoedas são permitidas e registradas em agências de supervisão financeira.

No Brasil, embora as transações com Bitcoin e outras altcoins não sejam proibidas, ainda não há uma regulamentação a respeito das criptomoedas. E segundo alguns estudiosos, tudo indica que o PL 2303/2015 são será capaz de suprir as necessidades do mercado.

Fortalecendo esse eco, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já se posicionou de forma desconfiada em relação às moedas digitais.

Liquidez

A liquidez é outro grande desafio enfrentado pelas criptomoedas. As casas de câmbio são altamente fragmentadas, o que leva a problemas de liquidez em um mercado volátil.

Isso, por sua vez, cria uma barreira para as instituições acostumadas com grandes investimentos.

Essa falta de liquidez dificulta que os investidores institucionais se envolvam nos negócios, como de costume, sem distorcer os mercados. O que gera uma enorme oscilação nos preços.

Assim, enquanto os negócios convencionais são executados em segundos, a venda de grandes holdings pode levar muito mais tempo nas trocas de criptomoedas.

Tecnologia

Enquanto os desafios com a regulamentação estão sendo resolvidos lentamente, as instituições ainda estão retidas pela falta de tecnologia para permitir a execução das transações – e continuarão hesitando em entrar no espaço criptográfico, a menos que possam executar as negociações com a mesma rapidez e velocidade do ambiente tradicional.

Certos membros da indústria estão agora empenhados em desenvolver soluções tecnológicas que possam ajudar os investidores institucionais a superar esses obstáculos, bem como apoia-los quando entrarem no mundo das criptomoedas.

À medida que os obstáculos aos mercados de criptomoedas são reduzidos é possível que esses agentes institucionais se sintam mais confortáveis para investir e, dessa forma, possam aproveitar ao máximo o potencial do mundo das criptomoedas.

Fonte: The Block

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