O Perfil do investidor de criptomoedas no Brasil
A mais recente pesquisa acadêmica sobre criptomoedas no Brasil, intitulada “O Perfil do Investidor de Criptomoedas no Brasil”, revela algumas tendências interessantes sobre quem investe em moedas digitais no país.
O artigo mostra que o Bitcoin detém uma posição dominante no mercado brasileiro. 86% dos investidores entrevistados declararam que possuem a principal criptomoeda.
Outros ativos digitais presentes nas carteiras das pessoas são Ethereum (47%), Litecoin (30%), IOTA (21%) e Ripple (21%). De acordo com a pesquisa, o investidor médio do mercado brasileiro tem de duas a três criptomoedas em seu portfólio.
Em relação ao perfil, a maioria dos investidores continua sendo homens (92%), sendo as mulheres apenas 8% do mercado.
Há um certo equilíbrio quando se trata da idade dos participantes do mercado de criptomoedas. A maioria dos investidores tem entre 20 e 25 anos, com outros dois grupos etários, 26-30 e 31-40, cada um representando cerca de 20%.
Segundo a pesquisa, a idade média é de 28 anos.
A verdadeira surpresa na pesquisa tem a ver com renda média. A grande maioria dos detentores de criptomoedas (40%) ganha menos de três salários mínimos – ou seja, menos de R$ 2.500,00 (US $ 600).
29,5% ganham entre R$ 2.500,00 ($ 600) e R$ 5.000,00 ($ 1.200). Apenas 2% dos investidores ganham mais de R$ 50.000,00 (US $ 12.000).
Isso mostra que quem ganha menos tem maior interesse no Bitcoin, e isso é notável.
Seja qual for a explicação, parece haver uma mudança gradual de investimentos tradicionais para uma estratégia de longo prazo baseada nas criptomoedas.
A pesquisa mostrou uma divisão razoavelmente equilibrada entre aqueles que também possuem ativos tradicionais (55%) e aqueles que possuem apenas criptomoedas (45%).
Vale lembrar que algumas pessoas no Brasil se voltaram para ativos criptográficos por causa do ceticismo em relação ao sistema financeiro tradicional.
O número de pessoas que afirmou ter investido nesses ativos como uma alternativa ao sistema bancário tradicional foi de 72%, o número é confirmado pela quantidade de investidores que só têm criptomoedas em seu portfólio.
Quanto ao conhecimento sobre o assunto, os entrevistados afirmam que estão familiarizados com os termos mais básicos, como criptografia, carteira e blockchain (93%, 88% e 85%, respectivamente).
Termos ainda mais complexos como gastos duplos e prova de trabalho tiveram taxas de conhecimento relativamente altas, 44% e 51%, respectivamente.
Quanto à motivação, a maioria daqueles que investem pesadamente no mercado de criptomoedas (79,6%) dizem que estão buscando ganhos de longo prazo, enquanto 54% afirmam que buscam benefícios de curto prazo.
CONCLUSÃO
O percentual de pessoas que disseram ter investido em criptomoedas devido à expectativa em torno da indústria ou por recomendação de parentes e amigos mostrou-se bastante baixa, com 78% e 60% dos entrevistados, respectivamente, negando essas afirmações.
Observar que pelo menos metade dos entrevistados não conhecia o mercado em meados de 2017 nos dá uma indicação de que a mídia estimulou a busca por conhecimento sobre o assunto.
A pesquisa também revela que indicações de amigos têm menos peso na tomada de decisões financeiras.
As pessoas que ganham menos parecem ter uma melhor compreensão da natureza disruptiva dessa tecnologia do que as mais ricas. Afinal, são elas que investem mais.
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