O Ibovespa Não Aguenta Mais Crises, mas o Bitcoin se Mostra como Reserva de Valor

A última sexta-feira foi um dia de muitas incertezas, o pregão na Bolsa de Valores tinha todos os ingredientes para ser completamente desastroso. O anúncio da saída do Sérgio Moro do ministério da Justiça e as acusações feitas sobre o presidente fizeram os investidores tremerem.

O Ibovespa caminhava para acionar o circuit breaker, interrompendo suas negociações, porém por menos de 0,5 ponto percentual o mercado de ações se arrastou ao longo do dia.

O mercado depositou suas expectativas no pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro e, principalmente, no futuro do ministro da Economia, Paulo Guedes. Existe um temor que o último super ministro do governo Bolsonaro abandone o barco. O último sinal malvisto pelo mercado foi a ausência de Guedes na elaboração e anúncio do Plano Pró-Brasil, um programa de investimentos públicos para oxigenar a economia pó-pandemia, avaliado como uma indicação de mudança na política econômica.

No fim do dia, o estrago foi pequeno, o recuo foi de 5,6%, para 75.208 pontos. Porém, o mercado acordou hoje com diversas incertezas.

Quantas crises a Bolsa suporta?

Alexandre Aoude, sócio da gestora Vectis Partners disse que estamos enfrentando uma pandemia e uma crise política bastante ruidosa. Só com a pandemia, a economia já teria dificuldade por si só, porém, a instabilidade política vai gerar mais e mais incertezas e vai trazer mais volatilidade aos mercados.

Guto Ferreira, sócio da casa de análise Solomons Brain, comentou que só com a saída de Sérgio Moro, o dólar quase chegou a R$ 6. E que essa volatilidade não teve nada a ver com o ministério da Economia. Ele afirma que o que está sendo precificado hoje pelo mercado é a política, não é a economia.

A bomba relógio política virou a maior preocupação dos investidores, que antes já estavam tendo que se preocupar com o aumento da curva dos casos confirmados de coronavírus no país. Muitos especialistas acreditam que só com a diminuição da curva dos infectados pelo vírus vai ser possível determinar o fim da quarentena e a volta às atividades.

Eles lembram que a bolsa de valores já teve uma melhora após o número de casos ter parado de crescer em países de primeiro mundo. Porém, com os últimos acontecimentos em Brasília, fica difícil saber até quando a bolsa pode aguentar.

Agora, junto à preocupação com o coronavírus está o afrouxamento das regras fiscais para recuperar a economia e as reações sobre os próximos movimentos de Paulo Guedes.

Bolsa afundando, Bitcoin subindo

O bitcoin é um dos poucos ativos que não está trazendo incertezas aos investidores. Apesar da sua queda de quase 50% em março, grande parte desse prejuízo já foi recuperado. Além disso, a volatilidade da moeda virtual é menor se comparado com as flutuações de moedas de mercados emergentes, como é o caso do real.

Vale lembrar que, por ser descentralizado, o bitcoin e várias outras criptomoedas, não sofrem interferências geradas pelas crises políticas, principalmente no Brasil.

Vários economistas já indicam que o bitcoin se mostra como uma reserva de valor para momentos de crise, tal qual o ouro. E, com a aproximação do halving, a expectativa é que a criptomoeda continue se valorizando.

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