“O Estado brasileiro é cruel e quer ser seu sócio”, diz Henrique Bredda
O gestor do fundo de investimentos da Alaska Asset Management, Henrique Bredda, realizou nesta segunda-feira (17) uma série de postagens argumentando sobre como “o Estado brasileiro é cruel”. Ele se referia à quantidade de impostos pagos por quem decide começar um negócio aqui no Brasil.
Ele fundamenta sua tese a partir do estudo Doing Business, que mede a facilidade de se fazer negócios em cada país. Bredda constrói um cenário exemplo para iniciar o que ele chamou de “Momento Revelação”:
“Experimente sair do seu emprego, pegue suas economias e monte um negócio. Invente algo novo que as pessoas precisam e tente convencê-las a comprarem o seu produto ou pagarem pelo seu serviço. Você terá uma revelação”, escreveu.
Ele afirma que logo de início o novo empresário deve lidar com muita burocracia e impostos como “junta comercial, contrato social, DARF, NIRE, ICMS, ISS, DUC, DCC, APPCI, cadastro na Previdência Social mesmo que não tenha empregados”.
Bredda encadeia as críticas lembrando que quem faz negócio no Brasil deve fazer dinheiro se arriscando em uma jornada de criação de empregos e de riqueza que já conta com muitos adversários naturais, como concorrentes e o próprio mercado.
“Mas nenhum, nenhum adversário será tão duro e impiedoso, quanto o Estado brasileiro. Esse seu sócio COMPULSÓRIO do seu esforço e de seu trabalho, não poupará esforços para que você não prospere”, finaliza o executivo.
Na publicação, ele também anexa o estudo Doing Business, que mede a facilidade de se fazer negócios em cada país, mostrando as péssimas colocações do Brasil e sua “burocracia em números”.
O Brasil ocupa a 123º posição entre 190 países analisados pelo estudo. Dentre os 30 latino-americanos, o Brasil está na 23º posição. O Doing Business também aponta que são 2.038 horas gastas no Brasil para organizar e pagar impostos por ano, 764 normas em média que são editadas em um dia útil e uma estimativa de que se desperdiça na economia R$ 45 bilhões todos os anos devido a excesso de burocracia. “O Estado brasileiro é cruel”, concluiu o gestor do fundo bilionário.
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