O Bitcoin não é a bolha da economia, aponta analista
O momento é crítico no mundo todo, com uma crise global da saúde e financeira agindo em conjunto. Para um analista, o Bitcoin agora certamente não é a bolha da economia.
Isso porque, de acordo com Max Keiser, os bancos centrais tem se endividado de uma forma absurda nas últimas semanas. A dívida, maior de toda a história, foi feita para salvar empresas, empregos e bancos.
Para isso, foram lançados títulos de dívidas na economia de vários países. Para Keiser, o momento é de pagar o preço da grande bolha que vinha sendo construída nos últimos anos.
De acordo com Max, o Bitcoin não é a bolha da economia, muito menos o ouro. Ambos os ativos têm sido considerados reservas de valor nos últimos anos, mesmo com queda nas últimas semanas.
Se o Bitcoin não é a bolha da economia, para quem sobra a crise?
Max Keiser é um analista conhecido nas finanças tradicionais, nos EUA principalmente. De fato, o relatório Keiser Report é divulgado e conta com a participação de vários analistas de mercado.
Keiser é um entusiasta do Bitcoin e observador das políticas monetárias de banco central. Neste ponto, Keiser apontou que certamente o Bitcoin não tem nenhuma relação com a atual crise financeira global.
Para Max, era nítido que a bolha dos bancos centrais iria estourar em algum momento. Com o recente endividamento dos BCs, com pacotes de estímulos negativos, taxas básicas negativas, era o sinal da próxima crise.
A maior bolha da economia mundial não foi o Bitcoin. Certamente não era ouro. Era o mercado de títulos. O mercado de títulos soberanos. E quando esses países começaram a emitir dívida soberana com taxa de juros negativa, esse foi o seu grande sinal no céu, como um enorme sinal do Batman no céu, como se estivesse prestes a cair …
O analista apontou que os próximos anos serão difíceis para as empresas, principalmente aquelas listadas em índices como S&P 500. Para Keiser, entre 50 e 60% das empresas listadas em bolsas declarará falência.
Eles precisarão de resgates maciços, reestruturação maciça, demissões maciças, mas esse é o preço a pagar por explodir essa enorme bolha. Isso é uma bolha estourando.
Estouro da crise, problemas em supermercados e pandemia da impressão de dólar
Com Max, Stacy Herbert apresentou o último programa Keiser Report, que possui mais que 3 milhões de inscritos no YouTube. Os analistas se questionaram como os EUA, a maior potência mundial da economia, não consegue produzir máscaras e outros itens básicos de combate ao coronavírus, em meio a uma pandemia, mesmo com 18% do PIB na saúde.
Para Keiser, o COVID19 matou o sistema financeiro e, junto, a política monetária de banco central. Essa seria uma consequência das conduções feitas nos últimos anos por Bancos Centrais, que passou há investidores uma falsa segurança de que tudo estava indo bem.
Além disso, Keiser destacou que países que souberem resistir ao impacto da bolha de títulos da América, se darão bem. Países asiáticos, de acordo com Max, tem ido bem e criaram resistência, logo poderiam ser candidatos a uma rápida recuperação. O analista destacou que os EUA deverão sofrer graves consequências.
Os analistas alertaram para um problema ainda mais grave que a crise financeira já aponta: a falta de reposição em supermercados. Ou seja, com cinco ou seis dias sem reposição, há problemas na cadeia de suprimentos. O fato, preocupante, cresce, ao mesmo tempo, com a venda de armas nos EUA, indicando que já há distúrbios sociais no país.
Por fim, ficou claro que há uma pandemia na economia, assim como na saúde. Os analistas deixaram claro que a nova impressão de dólares no mercado não será positiva, com a crise podendo ser forte. Os analistas falaram que o Bitcoin e ouro poderão ser ativos que ajudam a sair dessa crise financeira, pois o dólar poderá desvalorizar.
“Toda essa quebra sistêmica que temos assistido até aqui, é para isso que o Bitcoin foi inventado, não sei se poderia estar mais animado com o Bitcoin”, apontou analista convidado Dan Tapiero
Assista o programa na íntegra abaixo:
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