Nubank escreve carta de desculpas e diz que vai combater racismo: “Erramos”
Os fundadores do Nubank assinaram na tarde deste domingo (25) em conjunto uma carta na qual admitem que a empresa errou ao se acomodar na política de igualdade racial e prometeu implementar uma agenda de reparação histórica e de combate ao racismo estrutural.
A ação é uma resposta ao enorme volume de críticas que o banco vêm recebendo depois da participação da cofundadora Cristina Junqueira no programa Roda Viva no dia 19. Na ocasião, ao ser questionada sobre a contratação de funcionários negros, Junqueira disse existia um investimento na questão, mas que não era possível nivelar por baixo.
Na mensagem publicada no blog da empresa — e assinada por ela, David Vélez, fundador e CEO; e Edward Wible, co-fundador —, os empresários dizem que a diversidade faz parte da cultura da fintech, mas que falharam por acharem que apenas o valor bastava.
“Ficamos acomodados com o progresso que tivemos nos nossos primeiros anos de vida que se refletia em algumas estatísticas relativas à igualdade de gênero e LGBTQIA+, por exemplo, que, repetidas, mascaravam a necessidade urgente de posicionamento ativo também na pauta antirracista”, diz a carta.
Após admitir o erro, a mensagem diz que diversidade étnico-racial seria um desafio muito maior do que fora imaginado.
Na sequência, os executivos se comprometem a ouvir e agir mais em questões sobre raça e endereçam a comunidade negra:
“No Nubank, temos um enorme orgulho da nossa comunidade e pedimos desculpas aos Nubankers negros, ao movimento negro e aos grupos sub-representados por não termos feito mais”.
Nubank e inclusão racial
Como mostra da mudança de postura, os executivos afirmaram que em novembro vão anunciar uma “agenda real com ações concretas e ambiciosas de transformação na área de diversidade racial”.
Uma parceria anunciada no texto é com o Instituto Identidades do Brasil (ID_BR). O objetivo, segundo os fundadores será acelerar a promoção da igualdade racial.
O ID_BR é uma entidade que confere selos a organizações por níveis de igualdade racial. “Existe uma agenda a ser realizada e o instituto irá nos acompanhar nessa jornada para darmos sequência no planejamento estratégico voltado à temática racial”, diz o texto. .
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