Nova plataforma vai usar blockchain para ajudar mulheres vítimas de violência a validar provas digitais

A nova plataforma online ‘Posso Provar’ recorre a tecnologia blockchain para validar provas digitais de mulheres vítimas de violência doméstica.

Lançada oficialmente neste dia 8 de março, dia internacional da mulher, a plataforma ‘Posso Provar’ surgiu através de uma parceria entre as empresas Bidweb Security IT e a OriginalMy.

Na nova plataforma, as mulheres que se encontram em uma situação de violência, terão uma forma eficiente e gratuita de coletar evidências que comprovem as situações as quais estão sendo vítimas.

A tecnologia blockchain entra em jogo para garantir que essas provas coletadas tenham uma validade jurídica incontestável. 

Por isso, a plataforma vai funcionar no PAC WEB, sistema que já existe no mercado desenvolvido pela OriginalMy, uma das principais empresas do Brasil no setor blockchain.

A diferença agora é que o serviço do PAC WEB, geralmente pago, se tornará gratuito no ‘Posso Provar’. Dessa maneira, a plataforma quer apoiar as mulheres que se encontram em situações de violência e incentivá-las a denunciar seus agressores.

Ontem (8) aconteceu o lançamento oficial da plataforma em um evento online que reuniu especialistas em crimes cibernéticos e representantes da Polícia Civil de Pernambuco. 

De acordo com Flávia Brito, CEO da Bidweb Security IT, a plataforma surge em um momento importante. No Brasil, está caindo o número de denúncias de mulheres vítimas de violência doméstica. No entanto, isso não quer dizer a violência em si diminuiu.

“Especialmente em 2020, com a pandemia, as denúncias nas delegacias da mulher reduziram drasticamente, mas porque elas estão em casa e isso não significa que houve uma diminuição efetiva. Por isso, é com muito orgulho que anunciamos a plataforma numa data tão significativa, unindo processos, tecnologia e pessoas que possam contribuir em evidências efetivas.”

blockchain

Provas validadas em blockchain

Na nova plataforma, a mulher cria uma cópia exata de todo conteúdo que é exposto no seu navegador para gerar um relatório de provas digitais.

Depois de registrar todas as informações em blockchain, inclusive data e hora exata da coleta das evidências, a plataforma gera um código único e exclusivo. Com isso, é possível assegurar a veracidade do conteúdo.

Além disso, a mulher consegue comprovar também que aquele material não sofreu qualquer modificação depois de coletado. Isso é particularmente útil uma vez que muitos aplicativos permitem que uma mensagem seja excluída pelo destinatário, mesmo depois de enviada.

Diversos processos judiciais já utilizaram com sucesso esse sistema blockchain da OriginalMy para apresentar suas provas nos tribunais brasileiros.

O site https://possoprovar.org/ já está no ar e conta com o apoio de organizações como a WOMCY (Women in Cybersecurity) capítulo Brasil, OAB e LIDE Mulher.

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