Nem o coronavírus parou os golpes no Brasil e CVM já abriu 163 processo só este ano
Coronavírus para a economia em todo o mundo mas não consegue parar os golpes no Brasil que só vem aumentando, segundo a CVM
Nem mesmo o coronavírus que impactou o mundo todo e fez economias nacionais derreterem com o avanço da pandemia conseguiu “deter” os golpes no Brasil.
E, somente em 2020, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já abriu 163 processos administrativos sobre possível ofertas irregulares.
Na maioria dos casos, são empresas oferecendo rentabilidade garantida por meio de diversos meios, de energia renovável até criptomoedas.
Também há plataformas que oferecem negociação de Forex, sem a autorização da autarquia e, portanto, estão ilegais no país.
Golpes aumentam no Brasil
Segundo uma reportagem da Folha de São Paulo, os golpes com investimentos não param de crescer no Brasil,
Conforme informado pela autarquia, em 2019, foram 33 stop orders, em 2018, 11.
Em 2020, apesar de os números ainda estarem em aberto, os alertas enviados pela autarquia têm sido constantes e principalmente voltados a plataforma de Forex.
Bitcoin e Forex
A CVM tem publicado diversas proibições em 2020 a empresas que oferecem ofertas de Forex, muitas vezes atreladas a criptomoedas.
A autarquia destaca que nenhuma destas empresas possui autorização para operar no Brasil.
Neste sentido a CVM proibiu as empresas, IQ Optiion, Sinus Corretora, Pepperstone,Harrison Investimentos, Paladin FX,Start Invest, Capitalia Limited e AVA Trader, todas voltados ao Forex.
Contudo, o aumento nos golpes também revela um dado importante sobre o mercado nacional: o brasileiro tem dinheiro e quer investir.
Brasileiro quer investir
A reportagem destaca que o aumento de golpes registrado na CVM também revela o apetite do investidor brasileiro.
“Então, nesse momento de chegada ao mercado, aprender a analisar o que os anúncios, mensagens e “influenciadores” estão oferecendo é tão importante como saber diferenciar o Tesouro Selic do Tesouro IPCA”, destacou a reportagem.
O aumento no interesse dos brasileiros por investimento também foi sentido nas exchanges de criptomoedas.
As exchanges brasileiras tiveram aumento de até 30% dos clientes em meio à crise do coronavírus, com aumento de volume de negociações de 84% em março, acumulando 32% no trimestre.
As exchanges Foxbit, Mercado Bitcoin, BitcoinTrade e Binance registraram alta de 15 a 30% de novos clientes em comparação com a média de clientes mensais em 2019. As exchanges ressaltam, porém, que cerca de 1/3 dos cadastrados opera ativamente nas plataformas.
Segundo o Cointrader Monitor, as exchanges brasileiras movimentaram 395.209 BTCs (R$ 14 bilhões) entre abril de 2019 e o fim de março de 2020, com o Mercado Bitcoin respondendo por 30% deste volume.
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