Nike processa empresa que usou design de tênis para vender NFTS

A Nike está processando a StockX por transformar um de seus tênis em NFT, sem autorização.

O processo corre no tribunal federal de Nova York, duas semanas após a StockX colocar à venda um conjunto de tokens não fungíveis (NFTs) baseados em tênis da Nike. A acusação é de que a empresa está violando e diluindo a marca.

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A coleção usa as imagens de nove tênis virtuais, oito deles reproduzem os sapatos reais da Nike.

Assim como os preços dos Nike, os NFTs são salgados e conseguem superar os dos tênis reais. Uma das vantagens de comprar os NFTs é que dono pode resgatá-lo para ter o sapato real com taxas adicionais.

A marca levantou dois grandes motivos para processar a StockX, um deles é que as vendas dos NFTs podem causar confusão na mente de seus clientes, achando que isso foi autorizado pela marca. Os outros motivos são que os NFTs são caros e carregam termos obscuros e duvidosos.

Nike tem planos no metaverso

Na realidade, o lançamento da StockX compromete os planos que a Nike tem de fazer os seus próprios NFTs. A marca adquiriu a RTFKT Studios, especializada em fazer NFTs com os tênis virtuais.

A Nike pretende ter a sua coleção de produtos virtuais, por isso pediu que o tribunal impeça a StockX de seguir com as vendas dos NFTs. Ela também pede uma indenização pelos lucros obtidos com a venda dos NFT não autorizados.

De qualquer forma, a StockX já vinha sendo amplamente criticada por não deixar claro de que maneira os compradores dos NFTs poderiam trocá-los pelos tênis reais. A única informação sobre o assunto era:

“Resgatar automaticamente seu NFT por um Componente Experiencial, a seu exclusivo critério, nesse caso a StockX pode remover o NFT de sua carteira e você deixará de possuir a NFT”.

Após receber inúmeras críticas, a empresa mudou o texto e postou:

“Não removeria a propriedade sem que um usuário fizesse uma troca explícita ou até que o NFT expirasse, se aplicável”.

Essa não é a primeira vez que uma marca famosa briga por conta do uso indevido de seus produtos.

Disputas legais chegam ao mercado

Há pouco tempo a marca francesa Hermés entrou com ação contra o artista Mason Rothschild, que foi acusado de criar NFTs inspirados nas bolsas da marca.

O artista nomeou a coleção de metabirkins, um nome nem um pouco sugestivo e passou a vendê-los nos sites especializados em arte digital.

Rothschild, explicou em um post, que não estava vendendo ou criando bolsas Birkin falsas.

“Fiz obras de arte que retratam sacos birkin imaginários cobertos de pele. Assim como deu a Andy Warhol o direito de fazer e vender arte representando as latas de sopa de Campbell. O fato de eu vender a arte usando NFTs não muda o fato de que é arte”, disse Rothschild.

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