NFTs podem valer trilhões no metaverso, diz cofundador da Tether
Segundo o cofundador da Tether (USDT), William Quigley, o mercado de tokens não fungíveis (NFT) ainda possui muito espaço para crescimento, mesmo com os grandes números vistos neste ano.
Apesar de ser um dos nomes por trás da stablecoin Tether, criptomoeda com o maior volume diário de transações no mundo, Quigley acredita que a indústria NFT pode ser o principal setor do mundo cripto num futuro próximo.
Em entrevista cedida à Bloomberg, ele afirma que tokens não fungíveis em metaversos poderão atingir um volume de vendas anuais de mais de US$ 10 trilhões. A nível de comparação, esse montante é quase cinco vezes maior do que o valor de mercado de todas as criptomoedas juntas, que está atualmente em US$ 2,07 bilhões, segundo dados do CoinGecko.
Para ele, isso será possível quando colecionáveis em NFT começarem a ter valores acessíveis para a grande parte da população, e não apenas para uma minoria com maiores recursos financeiros:
“Do ponto de vista do produto de consumo, o que é interessante para mim não é um NFT sendo vendido por US $ 1 milhão, mas um milhão de NFTs sendo vendido a US$ 1 cada. Um novo negócio para colecionáveis digitais. Isso me parece ter pernas mais longas e, no geral, um mercado maior. ”
Potencial do mercado NFT
Longe da administração da Tether desde 2015, o empresário fundou a Worldwide Asset eXchange (WAX), blockchain desenvolvida para uso em jogos e coleções NFT que teve recentemente uma grande valorização de preço.
O norte-americano destacou o crescimento que o mercado de jogos em NFT tem tido nos últimos meses, especialmente do modelo play-to-earn (jogue para ganhar) visto no Axie Infinity e demais jogos.
Segundo Quigley, a receita de itens virtuais em NFT desses jogos atinge um volume anual de US$ 175 bilhões. Recentemente, o uso desses ativos ultrapassou o de protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) na rede Ethereum.
No entanto, ele enfatiza que o metaverso possui muito mais potencial de crescimento, “porque é tudo, não apenas um jogo.” Entre as áreas destacas, estão a da realidade virtual e aumentada e a Internet das Coisas.
USDT precisa de mais auditoria
Em entrevista cedida no primeiro trimestre deste ano, Quigley deixou claro a sua insatisfação sobre como a Tether tem dirigido sua política de auditorias de reservas, afirmando que a empresa seria a “sua própria inimiga” em não oferecer mais transparência no processo de criação de novas unidades de USDT.
Para ele, a Tether e suas reservas deveriam ser auditadas pelo menos uma vez a cada trimestre, ou até mesmo mensalmente.
Em julho, o conselheiro geral da empresa, Stuart Hoegner, disse que uma auditoria sobre a stablecoin deve ser feita e liberada para o público em alguns meses.
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