Nova descoberta da ciência ‘luz proibida’ pode revolucionar a computação quântica e destruir o Bitcoin?

Descoberta da ciência abre um novo mundo para pesquisas em computação quântica e pode ser uma ameça ao Bitcoin

Uma nova descoberta da ciência fascinou a comunidade científica em todo o mundo e pode revolucionar a computação quântica.

A descoberta é um tipo de luz que “não deveria existir”.

No entanto, agora que foi descoberta abre as portas para um mundo totalmente desconhecido para a ciência.

Pares de Cooper

O estudo foi realizado por cientistas da Universidade Estadual de Iowa, nos Estados Unidos.

Em suas pesquisas os cientistas alegam terem descoberto uma forma de acessar propriedades únicas da física quântica ao usar ondas de luz em altas frequências para acelerar supercondutores.

Os supercondutores, por sua vez, são materiais que podem conduzir corrente elétrica sem resistência ou perda de energia.

No estudo, os pesquisadores fizeram experimentos para usar pulsos de luz em frequências de terahertz (trilhões de pulsos por segundo) para acelerar elétrons conhecidos como pares de Cooper.

De acordo com pesquisa publicada na Physical Review Letters, os cientistas usaram uma ferramenta chamada espectroscopia quântica de terahertz, que pode visualizar e direcionar o fluxo de elétrons.

A equipe empregou flashes de laser a uma taxa de trilhões de pulsos por segundo, o que ajuda a acelerar supercondutores e, portanto, acessar novos estados quânticos da matéria.

Assim, após rastrear a luz emitida pelos pares de elétrons acelerados, eles encontraram “emissões de luz do segundo harmônico”.

Em outras palavras uma luz com o dobro da frequência de entrada usada para acelerar os elétrons.

“Essas emissões do segundo harmônico deveriam ser proibidas (pelas leis da física tradicional) em supercondutores. Isso vai contra o saber convencional”, disse Jigang Wang, principal autor do estudo.

“Luz proibida” é descoberta fundamental para computação quântica

Assim, segundo o estudo, estas emissões que foram chamadas de “luz proibida” é “uma descoberta fundamental para a matéria quântica”.

“A luz proibida nos dá acesso a uma classe exótica de fenômenos quânticos, isto é, energia e partículas de átomos em pequena escala”, explicou Ilias Perakis, professor de física da Universidade do Alabama em Birmingham e um dos coautores do estudo.

Ainda segundo o estudo, os cientistas acreditam que essas emissões de “luz proibida” poderiam ser aplicadas à fabricação de computadores quânticos de alta velocidade

“Encontrar maneiras de controlar, acessar e manipular os recursos especiais do mundo quântico e conectá-los a problemas do mundo real é um grande objetivo científico nos dias de hoje”, disse Perakis.

Computação Quântica pode destruir o Bitcoin?

Desta maneira, acelerando o desenvolvimento da computação quântica a “luz proibída” pode, além de revolucionar a ciência, ajudar a destruir o Bitcoin.

Pelo menos essa é a opinião de Andersen Cheng, CEO da Post-Quantum, para quem o avanço da computação quântica tem o potencial de “matar” a criptografia do BTC.

Quem também defende esta teoria é Sundar Pichai, atual CEO da Alphabet (dona do Google).

Para ambos, assim que um computador quântico chegar a 4.000 qubit  eles poderão quebrar a criptografia do Bitcoin.

Isso é balela diz Jimmy Song

Especialistas em computação divergem sobre como a computação quântica poderia impactar o futuro do Bitcoin.

Enquanto especialistas apontam que o poder computacional de um computador com esta configuração poderia quebrar as chaves privadas criptografadas e associadas a chaves públicas, outros pesquisadores apontam que isso é só teoria.

“Por meio de engenharia reversa, podem ser acessadas chaves privadas que fornecem acesso as carteiras. Eu acho que isso é uma ameaça real e substancial. Bitcoin é um registro público. Assim, é possível olhar para quais carteiras armazenam os maiores saldos e depois atacá-las”, disse o chefe de blockchain da IBM, Jess Lund.

Já para o desenvolvedor do Bitcoin, Jimmy Song, é uma besteira dizer que a computação quântica pode destruir o BTC.

Segundo ele as pessoas que declaram isso deveriam entender melhor como a tecnologia funciona e “estudar mais”.

“Isso é tudo uma besteira (risos). O problema é que a maioria das pessoas não entende a computação quântica, e a concepção popular é a de que ‘se conseguirmos mais poder de processamento podemos calcular coisas em 5 segundos’. mas não é assim que funciona.

Com a computação quântica você obtém melhores raízes quadradas mas isso não garante que elas serão suficientes para decifrar uma chave privada”, disse.

Pelo sim pelo não Bitcoin e Ethereum já debatem criptografia “quantum secure”

Pelo sim, pelo não, de acordo com o desenvolvedor do bitcoin Pieter Wuille, pouco mais de 64 mil bitcoin estariam vulneráveis a um ataque quântico.

Desta forma, 37% do total de BTC em circulação, segundo ele, poderia em teoria ser afetado pelo avanço da computação quântica.

Os endereços afetados seriam aqueles reutilizados diversas vezes para uma chave privada. 

Para impedir, isso, segundo ele, o núcleo do Bitcoin Core já vem estudando mudanças na assinatura do Bitcoin para implementar um esquema de assinatura de segurança PQC.

O mesmo estaria sendo feito com o Ethereum, que debateu no final do ano passado, no Ethereal Ethereum Summit o conceito do Ethereum 3.0.

Uma das soluções que vem sendo debatida é o programa SNARGs proposto por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, que não utiliza a criptografia do SHA256 mas ‘combina’ diferente tipos de criptografia.

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