Negócio suspeito, NUI International amplia oferta no Brasil

Com promessas de rendimentos garantidos, mais um negócio se aproxima dos brasileiros em plena pandemia. Chamada de NUI International, a empresa proibida de operar nos Estados Unidos, agora mira o Brasil como um dos principais países a registrar novos clientes.

Antes a empresa atendia pelo nome de NUI Social, mas já opera com o novo “International”, após inúmeros problemas nos EUA. Por lá, a empresa está proibida de captar clientes para o negócio, proibição dada pela SEC (espécie de CVM dos EUA), porque estaria cometendo fraudes nas ofertas de investimentos.

Considerado um dos principais países com clientes da NUI hoje, o Brasil vê um crescimento de oferta do suspeito negócio, com mais líderes divulgando a causa. Além disso, a NUI tem forte presença na Colômbia e África do Sul, registrando nos três países mais que 70% do tráfego da empresa na web.

Após problemas nos EUA, NUI International mira Brasil e África do Sul em possível esquema ponzi

O Brasil é um país saturado de esquemas fraudulentos, mas vê um crescimento na oferta de novos negócios envolvendo criptomoedas. Nos últimos meses, várias fraudes foram finalizadas como, por exemplo, a Unick, Indeal, Midas, MoGuRo, deixando inúmeros investidores sem o dinheiro de uma vida, em vários estados, por todo o país.

Contudo, um possível esquema internacional tenta abordar investidores do Brasil, chamado de NUI International. Em sua busca por legitimar a empresa no país, a NUI Social já processou até o Google Brasil para remover conteúdos que alertam contra o negócio.

Com dados mostrando que o Brasil é o segundo país com mais acessos ao site, a dúvida que fica é sobre a idoneidade da empresa. Acusada de operar uma fraude nos EUA, maior economia do mundo, no Brasil cada vez mais líderes divulgam o negócio suspeito.

 

 

Brasil é o segundo país com mais acessos no site da NUI International
Brasil é o segundo país com mais acessos no site da NUI International – Reprodução/Alexa

Inclusive, líderes de antigos negócios de pirâmide financeira no Brasil tem divulgado a NUI International, que novamente se apresenta como uma promessa para enriquecer rápido. Para chegar aos clientes, oferece um programa de educação em criptomoedas e possuí até uma altcoin própria, a Kala Coin (Token).

Problemas nos EUA com empresa que comprou NUI, fundador Darren teve que ser afastado

De acordo com uma publicação recente no site BehindMLM, especializado em divulgar esquemas de pirâmide do mundo, a NUI International (NuiNFX) foi o destaque. O presidente da NUI, Darren Olayan, teria se distanciado da empresa irmã Appliqate, que possui ações listadas em bolsa norte-americana (OTCMKTS: APQT).

Em nota ao mercado no último dia 9 de junho, a Appliqate teve que se isentar de qualquer relação com a NUI. Além disso, afirmou que Darren Olayan, fundador da NUI, se afastou da Appliqate no final de maio.

Todas as ações que levaram a processo legal, citando Darren Olayan e Nui Social L.L.C, foram anteriores à aquisição pela Appliqate dos Ativos e Propriedade Intelectual da empresa, que excluíram todos os Passivos. A Appliquate Inc. aceitou a renúncia de Darren Olayan a partir de 29 de maio de 2020.

Mesmo com o fundador da NUI afastando da Appliqate, essa última se defende afirmando que os processos contra a empresa estão no passado. Apesar disso, quando a Appliqate comprou a NUI, a empresa ainda respondia a um processo em Montana, nos EUA. O caso foi arquivado meses após a aquisição.

Se nem nos EUA a NUI International possuí garantias legais, no Brasil o negócio pode encontrar resistência legal também na CVM. Ao captar clientes com promessas de rendimentos garantidos, a NUI corre o risco de ser alvo de operações policiais, assim como quem divulga o negócio, crime previsto no Código Penal Brasileiro, sendo considerado um ilícito (estelionato).

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