NegocieCoins deixa de trabalhar com Caixa Econômica e fica com apenas um banco

A exchange NegocieCoins, do grupo Bitcoin Banco, anunciou nessa quinta-feira (28) que vai trabalhar apenas com o Banco Brasil Plural. A conta com a Caixa Econômica não está mais em operação.

A empresa veiculou em seu
twitter
e em outras redes sociais um informativo alertando aos investidores
que todos os depósitos deverão ser feitos apenas em uma instituição financeira.

No comunicado, a exchange afirma que:

“Informamos que a partir de hoje trabalharemos apenas com
o Banco Brasil Plural. Todos os depósitos feitos para a Negociecoins deverão
ser realizados através dessa instituição”.

O Portal do Bitcoin entrou em contato com a empresa que não quis falar sobre o fato. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Negociecoins se limitou a afirmar que “o grupo não vai se manifestar sobre esse assunto”.

A Caixa Econômica Federal, por meio de sua assessoria de comunicação, não entrou em detalhes se houve ou não o encerramento da conta dessa corretora.  

A instituição financeira ficou de enviar uma resposta sobre esse caso, mas não houve retorno do banco até o fechamento dessa matéria.

Três traders que costumam operar com frequência na corretora confirmaram que os saques estão sendo feitos somente pelo Plural e que há alguns dias já se notava os problema com a Caixa.

Banco Brasil Plural e as corretoras

A guerra entre bancos e empresas que transacionam criptomoedas no Brasil tem ficado cada vez mais acirrada. A única instituição que tem mantido as contas dessas empresas de forma geral é o Banco Brasil Plural.

Não é só a Negociecoins que tem enfrentado esse tipo de problema. A corretora Braziliex também só está com conta aberta apenas nesse banco e tudo indica que o Mercado pode estar seguindo a mesma linha.

Apesar de os investidores que têm conta no Mercado
Bitcoin poderem ainda fazer depósito por meio da Caixa Econômica Federal, a
empresa soltou um comunicado de que esses depósitos feitos na Caixa estão atrasando.

A exchange menciona apenas que o banco “passa por
problemas operacionais e por isso, o prazo para o crédito das transferências
TEV aumentou”.

Em complemento, o Mercado Bitcoin afirma, por meio desse
alerta, que seus clientes utilizam a “conta do Brasil Banco Plural para obter crédito
de maneira expressa”.

Segundo essa corretora, as transferências bancárias
pela Caixa Econômica Federal estão demorando até 35 horas. O depósito em
dinheiro, por meio dessa instituição está levando até 48 horas, enquanto que a
transferência pelo Banco Brasil Plural está ocorrendo no mesmo dia.

Problemas com a Caixa Econômica

Outra corretora que está tendo problemas com a Caixa econômica Federal é a Foxbit. A instituição bancária havia bloqueado na semana passada a conta dessa exchange.

Natália Garcia, diretora jurídica da empresa, disse que ficou assustada ao ter visto que a conta da empresa havia sido bloqueada.

Ela relata que a empresa ficou sem acesso ao internet banking,
mas que ainda era possível receber depósitos por meio desse banco.

A Foxbit, de acordo com Garcia, mantém
hoje contas nos bancos Neon, Brasil Plural, Bradesco, Banco de Brasil e Inter. A
conta no Inter está aberta justamente por força de decisão liminar.

O mesmo vinha ocorrendo com a conta no Banco do Brasil
até que a decisão liminar foi convertida em definitiva pela Justiça de São Paulo.
Esse processo, apesar de estar em segredo de Justiça, teve sua sentença
publicada no Diário Oficial doo Estado de São Paulo.  

A conta da Foxbit no Bradesco atualmente se mantém
aberta graças ao agravo em recurso especial que foi impetrado pela corretora
contra a decisão monocrática proferida pelo desembargador Hélio Nogueira, da
22ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

Corretoras na Justiça

Com a onda de encerramento de contas feito unilateralmente
por bancos em detrimento das empresas que trabalham com criptomoedas, essas só
têm uma saída: recorrer ao judiciário.

A resposta nem sempre é favorável. O Portal do Bitcoin noticiou essa semana
dois casos em que a Justiça argumentou que os bancos podem sim fechar contas
correntes em nome da autonomia de vontade.

Um envolve a corretora Mercado Bitcoin e o Banco do Brasil, enquanto que no outro se discutia a manutenção da conta da exchange Braziliex junto ao Bradesco.

As duas decisões vieram de juízes diferentes da 19ª
Vara Cível de São Paulo, mas em ambas, foi argumentado que não havia lei que
obrigasse nenhum banco a manter conta corrente aberta contra a sua vontade.

Assim deram ganho de causa as instituições bancárias, mesmo sob o argumento apresentado pelas corretoras de criptomoedas de que essas contas seriam elemento essencial para a continuidade da atividade empresarial delas.

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