CEO da Neema: Moeda digital das Ilhas Marshall precisa de trabalho para satisfazer as preocupações regulatórias dos EUA
A futura moeda digital do governo das Ilhas Marshall ainda precisa de polimento para aplacar os reguladores financeiros dos EUA.
A futura moeda digital do governo das Ilhas Marshall, que será lançada em parceria com a startup israelense Neema, ainda precisa de polimento para aplacar os reguladores financeiros dos Estados Unidos. O jornal israelense em inglês The Times of Israel reportou sobre o progresso da moeda em 9 de março.
Embora a emissão da moeda, batizada como Sovereign (SOV), esteja prevista para o final deste ano, o The Times of Israel observa que os reguladores dos EUA estão preocupados com um possível impacto negativo nos bancos existentes no país, bem como potencial para lavagem de dinheiro.
O artigo menciona mais precisamente que todas as contas de SOV serão totalmente identificadas e os compradores serão verificados junto ao Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA.
Barak Ben Ezer, CEO da Neema, também observa que eles estão preparando uma oferta inicial de moeda do SOV. Ele disse que o objetivo é “estar pronto para o lançamento, uma vez que o impulso positivo esteja de volta aos mercados”, e acrescentou:
“Isso será feito quando todas as partes interessadas estiverem convencidas de que os SOVs estão prontos, os riscos foram atenuados e o impulso está crescendo”.
Como informou o Cointelegraph em uma análise detalhada, as Ilhas Marshall atualmente usam o dólar americano como moeda legal e são “altamente dependentes do recebimento e do gasto de subsídios dos EUA”, totalizando cerca de US$ 70 milhões a cada ano em assistência. Uma vez liberado, o SOV circularia junto com o dólar como moeda de curso legal.
Em setembro do ano passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou a República das Ilhas Marshall sobre os riscos de se adotar uma criptomoeda como segunda moeda legal, conclamando o país a abandonar os planos.
O plano para lançar o SOV é polêmico o suficiente para que a presidente da República das Ilhas Marshall Hilda Heine tenha enfrentado um voto de desconfiança em novembro do ano passado. Apesar disso, Heine permaneceu no cargo por um voto.